A BÍBLIA JURÍDICA, FONTE DE VIDA

31 de Janeiro de 2011
João de Carvalho

João de Carvalho

A BÍBLIA é o mais importante livro religioso do Cristianismo, além do judaísmo que são as grandes religiões dos filhos de Abraão. É sinônimo de Escrituras sagradas e Palavra de Deus. É o maior best-seller (êxito de livraria) de todos os tempos. Lendo sobre os grandes padres, ficamos cientes de que o Frei São Jerônimo, tradutor da Vulgata latina, foi quem chamou pela primeira vez ao conjunto dos livros do Antigo e Novo Testamentos de “Biblioteca Divina”. A Bíblia sempre foi fonte de inspiração para os maiores escritores, através dos séculos. Lembro-me, entre outros, da epopéia de Dante Aliglieri, denominada “Divina Comédia”, como extraordinário relato do Céu, inferno e Purgatório. Trata-se do maior poeta cristão de todos os tempos. Está na cabeceira das obras-primas universais, no gênero. Dante, escritor de origem italiana, foi, na Idade Média, uma das maiores inteligências da época.

NAVEGANDO na internet tropecei com o título de um livro, de ampla inspiração bíblica, do autor Sandro Rogério, chamado “A bíblia jurídica”, cujo conteúdo mostra as diversas facetas do Direito, já existentes há milênios, na história vivida pelos povos antigos. É muito interessante e merece a citação de seus títulos, em geral, cujo conteúdo tem o sabor normativo, jurídico dos dias atuais. As seções são as seguintes: Seção I: assassinato de Abel, estupro de Diná, Calúnia contra José do Egito, Moisés e legítima defesa de Terceiro; Omissão de socorro (caso bom Samaritano), Raquel e o furto dos ídolos do lar. Seção II: aborto; pena de morte, desobediência civil e programas sociais. Seção III: omissão, ignorância, favorecimento a prostituição, contraditório, igualdade, legalidade, devido processo legal. Seção IV: direito de propriedade e do trabalho, prisão domiciliar, justiça social, posse, dano, abandono de animais, fraude na entrega, apropriação indébita, depósito voluntário e abuso de autoridade. Seção V: denúncia falsa, corrupção ativa, peculato, domicílio inviolável e privacidade...

EM SUMA, trata-se de um trabalho comparativo, confrontando a nossa legislação atual com os fatos de remotas épocas, mostrando que a história é uma “sucessão de fatos que se sucedem, sucessivamente, na sucessão sucessiva dos séculos”. Perdoem-me as aliterações gramaticais, propositadamente grafadas. Essa compilação correta e ideal de fatos bíblicos, merece acurada leitura, especialmente pelos vocacionados ao Direito em geral. A Bíblia retrata uma vivência real. Por isso é fonte de vida, testada amplamente no passado com repercussão no presente. Li que “A palavra de Deus” é Jesus. A Bíblia é uma forma de entrar em contato com a palavra de Deus. As Escrituras Sagradas transmitem a fé, também a tradição. Bento XI, há séculos, escreveu que no início da experiência cristã, não estão uma teoria, um corpo de doutrinas, mas uma pessoa, um acontecimento, Jesus Cristo, Deus que se fez carne e entrou na história.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook