A cidade é o centro de nossa história

01 de Julho de 2013
João de Carvalho

João de Carvalho

A PALAVRA cidade tem sua gênesis, sua origem, na “polis” grega. Nesta nação, primitivamente, distinguiam-se três classes sociais: 1) Os Eupátridas, que eram cidadãos que gozavam de direitos políticos, em geral exploravam a maioria das pessoas; 2) Os Metecos, que eram os estrangeiros, sem direitos políticos; 3) Os Escravos, que eram a maioria das pessoas e se submetiam aos seus senhores.

Na Roma antiga sobressaía a “civitas” com todas as suas características e evoluções posteriores, até à grande Roma de hoje, com sua fama mundial de centro de turismo. Nós nos inserimos neste contexto, dentro de uma forma moderna de aglomeração urbana, numa classificação de pequena, média, grande e metrópoles. Em todas elas sempre apareceram, cresceram e explodiram-se problemas de toda ordem. A população sabe avaliar as necessidades da cidade onde sua gente habita.

Em “Cidades”, para um pequeno planeta, obra especial de Richard Rogers (arquiteto ítalo-britânico) exalta-se o valor da sustentabilidade ideal delas, descrevendo suas qualidades e valores essenciais, assim:

“1) Uma cidade justa, onde justiça, alimentação, abrigo, educação, saúde e esperança sejam distribuídos de forma justa e onde todas as pessoas participem da administração.
2) Uma cidade bonita, onde a arte, a arquitetura e a paisagem incendeiem a imaginação e toquem o espírito.
3) Uma cidade criativa, onde uma visão aberta e experimentação mobilizem todo o seu potencial de recursos humanos e permitam uma rápida resposta à mudança.
4) Uma cidade ecológica, que minimize seu impacto ecológico, onde a paisagem e a área construída estejam equilibradas e onde os edifícios e a infraestrutura sejam seguros e eficientes em termos de recursos.
5) Uma cidade fácil, onde o âmbito público encoraje a comunidade à mobilidade, e onde a informação seja trocada tanto pessoalmente quanto eletronicamente.
6) Uma cidade compacta e policêntrica, que proteja a área rural, concentre e integre comunidade nos bairros e maximize a proximidade.
7) Uma cidade diversificada, onde uma ampla gama de atividades diferentes gere estabilidade, inspiração e acalentem uma vida pública e essencial”. (Revista Ecológica, n° 55 de 27.03.2013, pág.37).

EM SUMA, os municípios compreendem a cidade e seus distritos. São eles a célula máter dos estados e estes da nação. Valorizar cada município é uma exigência natural de toda sua gente.

É no município que a gente fixa residência, vive, cresce e se estabelece. Nele a gente estuda, se casa, constitui família e desenvolve atividades, as mais diversas, necessárias e importantes. Gostamos de nossas cidades natais ou adotivas. Defendemos seus limites, suas festas, seus esportes, sua tradição, sua política, sua religião, seu comércio, sua indústria, sua produção e tudo mais que lhe pertence. Toda pessoa gosta de exaltar a sua terra. Na verdade ela é o berço de cada um. Devotar-lhe amor, solidariedade e apreço, é extremamente importante. Dela guardamos na memória a relíquia de nossos antepassados. É justo valorizá-la com gratidão e reconhecimento. Orgulhamos de tudo que elas têm. Estufamos o peito e proclamamos com ufania e respeito, por exemplo, usando esta expressão: Sou itabiritense!

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook