A Igreja e o Papa Francisco

30 de Julho de 2013
João de Carvalho

João de Carvalho

A IGREJA é una, santa, católica, apostólica e romana. Roma é a sede do pontificado, há séculos. O Estado do Vaticano foi reconhecido na época em que Mussolini – El Duce – na década de 1930/40, aliado de Adolf Hitler, faz da Itália um membro ativo do “Eixo”, ao lado da Alemanha e Japão, mas, atende ao pedido exigente da independência do Vaticano, que se tornou o menor Estado do mundo.

A cidade-estado é presidida pelo sumo pontífice, mais conhecido como Papa, o grande pai da cristandade. Sua autoridade é de origem apostólica, sendo Pedro o primeiro na ordem temporal. Ser Papa é ser representante, legitimamente eleito pelo Colégio Cardinalício, em Conclave, para presidir a igreja na sua marcha temporal. Uma vez eleito, assenta-se na cadeira de Pedro para falar “urbi et orbi”, ou seja, à cidade e ao mundo, com destaque, sobre as verdades de fé. Quando fala “ex cathedra”, da cadeira papal, tem o caráter de infalibilidade, para os membros da igreja que comanda, em matérias de fé. A igreja tem o seu fundamento na palavra de Cristo, pois, contra ela não prevalecerão as portas do inferno, do mal, da destruição, da aniquilação. Seus representantes passarão, mas, jamais as palavras do Senhor.

O fato de um Papa renunciar a seu título não é nada desmerecedor, sobretudo quando há justificativas reconhecidas claramente pelo colégio cardinalício, uma vez que o código canônico preveja esta situação. No caso específico do Papa Bento XVI é um ato, além de legal, também de humildade e de plena consciência de sua capacidade física, já enfraquecida pela idade avançada, no mundo que exige dinamismo, disposição e atuação contínuas.

NO INÍCIO do primeiro milênio já sobressaiam as Escolas religiosas: “a) De Alexandria, com destaque dos intelectuais denominados: Clemente de Alexandria, Atanásio, Basílio Magno, Gregório Nazianzeno, Gregório de Nissa, Cirilo de Jerusalém, Cirilo de Alexandria e Dídimo, o cego. b) De Antioquia, com primazia para João Crisóstomo, Epifânio, Dionísio, Jacó Afraetes e Efraém. Entre os ocidentais sobressaíram: Hilário, Ambrósio, Jerônimo, Agostinho e Leão Magno, entre outros, como: Irineu, Orígenes e Tertuliano.”

A igreja é uma instituição viva, ativa, atual, participativa, consciente de sua posição no mundo moderno. A fé é o grande elo entre o eterno e o temporal; entre Deus e o homem; entre o espiritual e o material; entre o mistério e a realidade. Jesus realizou muitos milagres, mas aqueles que nos foram transmitidos pelos evangelistas, têm como pressuposto, como base a fé. “Lúmen fidei”, Luz da Fé, é a primeira encíclica do Papa Francisco, que está no Brasil para o encontro mundial da juventude, com grande recepção das autoridades e do povo.

ENFIM, vivemos uma realidade em que cada ministro eclesial tem de superar os obstáculos, que surgem diariamente em seu caminho. Tem que conciliar seus interesses pessoais com os da comunidade. Tem que se desdobrar em múltiplas atividades, que o apostolado eficiente exige. Tem que lutar a favor da corrente do bem, num mundo eivado de contradições. Tem que pregar a Palavra sem subterfúgios, ainda que lhe custe o sacrifício pessoal. Tem que mostrar os valores permanentes, mesmo que relegados pela descrença ou pela ignorância. Tem que apontar para a eternidade, embora viva no tempo. Tem, em suma, que ser um outro Cristo, apesar de ser apenas um homem com seus méritos e deméritos. Ser mestre é ser Cristo! Sua casa é a igreja! Sua grei é o povo! Sua palavra é arma! Sua vida é modelo! Seu trabalho é exemplo! Suas ações são caminhos de fé, ética, moral, perdão. Sua missão é ensinar o caminho do Céu!

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