A Imbecilidade impera no trânsito

23 de Setembro de 2011
Jornal O Liberal

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Em plena Semana Nacional do Trânsito, trazendo em seu bojo o 21 de setembro como Dia Mundial sem Carro, bem como o recrudescimento da fiscalização pelo cumprimento da lei, erroneamente apelidada “Lei Seca”, constata-se, infelizmente, que o Brasil continua a perder seus filhos nas ruas e rodovias, mais por imbecilidade e irresponsabilidade dos condutores, do que por falha mecânica dos veículos ou condições precária das vias. Tendo saltado, diretamente, da sela para a boleia, trocando a cabeça do arreio pelo volante, o brasileiro não se preparou devidamente para assumir os riscos trazidos pelos veículos motorizados. Continua ele a comportar-se como se em lombo de animal estivesse, a fazer o que bem lhe parece e apetece, seja na relação com o próprio veículo - mais tratado como arma - seja na relação com o mundo, à sua volta, por onde transita. Pequerrucho, antes protegido pelo corpo e braços do pai junto à cabeça do arreio, vai agora sentado no colo junto ao volante, embora lei específica determine seu transporte no banco de trás em cadeirinha especial. O pai tem braços inúteis, se projetado para frente e comprimir o filho ao volante, mas a imbecilidade persiste e nenhum guarda, na rua, ou viatura da Polícia Rodoviária, na estrada, se vê para salvar o garoto de possível tragédia, causada pela irresponsabilidade do pai. Cavaleiros amarravam suas montarias em postes de iluminação ou árvores, quando não disponibilizados postes específicos dotados de argolas para tal fim. Condutores modernos largam seus carangos sobre calçadas, em áreas interditadas, em frente a garagens, como se no quintal de suas casas estivessem. No dia 8, último, pós-feriado nacional, grupo de motoqueiros de trilha e respectivas máquinas sem placa invadiram Cachoeira do Campo, comportando-se como se na “casa da mãe Joana”. Enquanto as caminhonetes, dotadas da carretinha específica para o transporte das motos nas ruas e rodovias, eram estacionadas de forma irregular sem as ditas cujas, em franco desrespeito à população local, os motoqueiros circulavam pelas ruas como se ainda estivessem na trilhas, a perturbar a fauna silvestre, com o consentimento do IBAMA, seus tentáculos e ambientalistas. Coincidentemente, gozava-se de “feriado” oficioso e consentido, em comemoração ao dia da padroeira local, razão pela qual os abusos dos forasteiros não chegaram a causar piores danos à população. Agentes do trânsito estavam completamente ausentes!

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