A verdade no cenário da mentira

18 de Abril de 2014
Jornal O Liberal

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Na praça, espaço tomado com cadafalso, maior a cada ano, dito para homenagear a quem, nele, pagou com a vida a defesa da coletividade contra a ganância dos impostos, então cobrados na proporção de um quinto. Piso vermelho, cor do sangue derramado e pisoteado, a mesma do triângulo na bandeira que lembra a Conjuração Mineira, renomeada “inconfidência” a gosto dos que a viram como tal! E nas intenções ocultas dos que agora celebram está o regozijo por não haver quem, de fato, se levante contra a extorsão tributária que, de um quinto, elevou-se a mais de um terço. Para o colonizador, traição era a conjura contra seus interesses! E, para a brasilidade atual, também traição são os desvios praticados contra o povo! No íntimo, enforca-se, mais uma vez, o mártir mineiro, enquanto palavras vãs iludem o populacho, na “bacanal cívica” do 21 de Abril, segundo língua ferina de saudoso professor ouro-pretano, quando não chegava a tanto as incoerências políticas. Mais de uma semana antes, do povo já se havia tomado espaço, o mesmo onde se celebra, o Encontro Doloroso entre duas figuras, as mais representativas do que seria a verdadeira Justiça, defendida em prol de toda a humanidade. Ali então, no cenário da mentira armada, celebrou-se o Encontro da Verdade, ironia que provoca reflexões. E não se confundam o vermelho e branco, nas janelas e sacadas, incluindo-se as da Câmara Municipal, que simbolizavam o Domingo de Ramos, parte da celebração da Verdade, em Ouro Preto. O resto foi coincidência e ironia da História!

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