Acorda Brasil! Acorda.

27 de Junho de 2012
João de Carvalho

João de Carvalho

A GENTE quase perde a esperança de um Brasil digno de um povo, que luta em todas as áreas de produção, a fim de vê-lo na linha do primeiro mundo. A saúde e a educação estão em patamares baixos, com pouca expectativa de melhora.

É triste quando se lê, em manchetes dos principais jornais, dizeres deste tipo: “Mais da metade dos prefeitos de Minas Gerais é investigada”. Ora, há, no momento, 853 gestores mineiros, sendo que 443 são alvos de pelo menos um processo no Ministério Público. É mais da metade dos nossos prefeitos que respondem a processos na Justiça Comum, por causa de sua má administração, dilapidando o dinheiro público, sem medo, sem pudor, sem receio de enfrentar os julgamentos de sua má administração. Até o exército brasileiro está sendo investigado por desvios de pelo menos R$15 milhões por meio de um superfaturamento e fraudes em licitação.

A palavra corrupção vem do latim “corruptus” que significa quebrado em pedaços, assim como apodrecido, pútrido. O verbo corromper, por consequência significa tornar pútrido, podre. A corrupção que dói na opinião popular é daqueles que eleitos para administrar o dinheiro do povo (proveniente de impostos, taxas e tributos), e como legítimos representantes do mesmo povo, alguns irresponsáveis desviam os valores para o próprio bolso.

A corrupção é 25% maior onde há repasse de verbas.

  • ONDE ESTÃO os Anões do Orçamento com o “esquema de Congressistas que cobravam propinas para destinar recursos do Orçamento da União a obras públicas de interesse de determinadas empreiteiras e prefeitos”.

  • Onde estão os mafiosos dos sanguessugas , cujos “Parlamentares recebiam propina para propor emendas na área da saúde. O dinheiro vinha da empresa Planan, que, posteriormente, superfaturava a compra de ambulâncias em até 250%”.

  • Onde estão os beneficiários da Operação Navalha em que “telefonemas gravados com autorização da Justiça revelaram que a empreiteira Gautama pagava propina de até R$ 100 mil a congressistas e subornava servidores públicos responsáveis pelas liberações das emendas”.

  • Onde estão os nossos representantes que aqueceram a operação Voucher em que “Uma emenda da deputada Fátima Pelaes (PMDB-AP) deu origem, sengundo a Polícia Federal, a desvios de até R$ 4 milhões em convênios do Ministério do Turismo com uma ONG. A verba era destinada à qualificação de profissionais, mas foi repassada a empresas de fachada”, (Jornal “O Tempo” de 03/10/2012).

  • Quando serão julgados os comparsas do Mensalão?

ENFIM, a grande imprensa se alimenta constantemente de dois tipos de notícias diárias, usando o maior espaço dos horários informativos de nossas televisões, com estes dois tipos de atos criminosos. Um sobre assaltos, roubos e mortes. Outro sobre desvio do dinheiro público para o interesse absolutamente pessoal de muitos políticos, com detrimento do bem coletivo.

É difícil aceitar, entender, conceber atos de representantes eleitos para defenderem o interesse público, que se transformam em verdadeiros agentes econômicos corruptos (os que dão e recebem propinas).

São criminosos que utilizam do poder de tomada de decisões sobre fundos públicos na realização de investimento particular. Jogam para escanteio os interesses mais legítimos da população do país, do estado, do município, sem nenhuma consideração para com os seus eleitores, que deveriam ser os beneficiários legítimos de suas decisões parlamentares ou executivas. A corrupção sufoca o povo, especialmente o mais necessitado.

Acorda Brasil!

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