As eleições municipais são importantes?

30 de Agosto de 2012
João de Carvalho

João de Carvalho

NO BRASIL, relatam as estatísticas, apresentaram-se como pretendentes às cadeiras de vereadores, nos mais de cinco mil e quinhentos municípios, cerca de 126.736 candidatas femininas e 273.978 candidatos masculinos. A gente quer crer que, esta avalanche de pretendentes à legislação e à administração públicas está à procura do poder como um meio eficaz e oportuno para servir à população de cada município, grande ou pequeno. O que importa é que a sociedade, como um todo preferencial, venha a se beneficiar com o trabalho de cada político vencedor nas urnas.

QUEM EXERCE o poder público é obrigado a cumprir o orçamento aprovado pelo Legislativo, após confeccionado pelo Executivo. São os dois grandes poderes, aos quais, constitucionalmente está confiado o gasto do dinheiro público, advindo da arrecadação de impostos e repasses provindos dos governos superiores ao município. Para que isto aconteça é necessário governante consciente, preparado e altamente vocacionado para a administração pública.

Muitos já deram e estão dando provas cabais de que sabem administrar; outros se confessam aptos e capazes de arcar com o peso da responsabilidade que tomarão sobre os ombros. Candidatos existem, à mão cheia. Os inúmeros comícios transmitem todas as formas de promessas eleitorais.

Compete ao povo, às pessoas, aos eleitores selecionar os melhores (prefeito e vice, vereadores) para a grande tarefa pública de aplicar com consciência, capacidade, honestidade e precisão os recursos públicos. “Votar bem, portanto é votar em quem vai destinar os recursos públicos em favor do povo, especialmente dos setores mais necessitados. As eleições são uma verdadeira escola de democracia, porque nelas podemos ter experiência direta da política. Participar da Campanha eleitoral do partido ou candidato é buscar maior afinidade de pensamento com quem o eleitor tem aproximação. É preciso encontrar pessoas que desejam tornar-se representantes do povo para participar na definição de prioridades orçamentárias e na gestão do serviço público à população”, assim interpreta, com sabedoria e precisão o sociólogo e professor Pedro A. Ribeiro de Oliveira da PUC/Minas. Encampamos tais ideias que devem também ser endossadas por todos os candidatos às eleições municipais de 07 de outubro próximo.

Nós vivemos num mundo globalizado, por isso é preciso que se pense globalmente, mas que se aja localmente. Cada município com seus problemas, em busca, através de seus representantes, de soluções adequadas, satisfatórias e justas. A definição de prioridades é tão importante que, um político de alta linhagem nacional, chegou a afirmar que Governar é estabelecer prioridades.

No município é que todos nós vivemos, crescemos, constituímos famílias, desenvolvemos nossa profissão, estudamos, praticamos nossas diversões e normalmente trabalhamos para ganhar nosso sustento e de nossos dependentes.

Que nossos dirigentes políticos, aos quais está afeta a administração citadina e distrital, sejam não apenas chefes, mas líderes que compreendam as necessidades sociais de nossas comunidades, lutando com determinação, vontade, conhecimento e garra para o bem social do povo. Que promovam o desenvolvimento em todas as áreas administrativas, respeitando e priorizando a pessoa humana, através da saúde, da educação e da segurança.

AMARTYA SEN, economista indiano, ensina-nos o caminho, no seu livro “Desenvolvimento como Liberdade”, nestes precisos termos: “O desenvolvimento requer que se removam as principais fontes de privação de liberdade: pobreza e tirania, carência de oportunidades econômicas e destruição social econômica, negligência dos serviços públicos e intolerância ou interferência excessiva de estados repressivos”. Que os futuros Executivos e Legisladores pensem, ajam e promovam o bem-estar da população, especialmente a mais carente do município.

O Brasil, os Estados e os Municípios esperam que cada um cumpra o seu dever. O dever dos eleitos, como representantes do povo, é servir a todos, sem distinção.

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