Cão, amigo; humano, nem sempre!

24 de Fevereiro de 2017
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

Embora haja lei (e como há lei que não funciona!) que os proteja, cães são ainda maltratados e abandonados, assim como pé de sapato ou chinelo velho, inservíveis e atulhar a casa. Os pobres animais não pedem, porém são levados por pessoas que os têm como objetos, que não necessitam de afeto e de cuidados, pois também sofrem, sentem dores, sentem o descaso, padecendo de todas as formas, sem terem como protestar contra seu malfeitor. Lá, um dia, é abandonado para se iniciar noutra etapa de sofrimentos, sob os rigores das ruas, sem alimento e a levar pancada a cada esquina, quando não atropelado, de propósito, por outro humano que não quer vem à sua espécie. Pode ser que tenha a sorte de ser abandonado perto de alguém, que pensa e age diferente, dedicando bom tempo de sua vida aos pobres cães abandonados. Até dessa feliz circunstância se valem os insensíveis, que abandonam o cão e penalizam os bondosos, que chamam a si o sofrimento do animal e se sacrificam, para que a dor deste seja menor. Esta é a sina dos quatro-patas, mal amado, abandonado, e do humano altruísta, também deixado à margem, quando se sabe haver lei específica a tratar de cães e gatos abandonados.

Pergunta-se pelo poder público municipal, ao qual cabe recolher, tratar, castrar e identificar (com chip) os cães encontrados na ruas, segundo a Lei Estadual n° 21.970, de 15 de janeiro de 2016. Depois de identificados, devem ser disponibilizados para doação e, no caso de cães comunitários (que têm vínculo com a comunidade e recebem alguma atenção), devolvidos ao meio onde circulam.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook