Modernidade, sim; enganação, não!

17 de Fevereiro de 2017

Jornal O Liberal

Nova armadilha apresenta-se à dona de casa, ou ao seu representante, nas compras de supermercado, obrigando-se a mais cuidados, se não quiser perder dinheiro, além do que se esvai nos preços, muitas vezes, abusivos dos produtos sazonais. É o preço (sem trocadilho) que se paga pela modernidade que, da venda ou armazém de balcão com atendimento personalizado, lançou o consumidor nos modernos supermercados com autoatendimento (ou self-service para tupiniquins mais bestas). Não que a mudança tenha sido ruim. Além da rapidez e de poder comprar o que se quer e a bolsa poder, saindo daquela de o vendeiro empurrar o que ele queria vender, até de acordo com a cara do freguês (hoje cliente ou consumidor), as novas casas de consumo possibilitaram também melhoria substancial na apresentação dos produtos, o que nem sempre se repete no aspecto qualidade. Mas, sair do feijão a granel cheio de terra, pedra e cisco de toda espécie foi enorme ganho; sair do arroz com mais marinheiros que modernos transatlânticos, é outro exemplo entre as vantagens oferecidas, mas cautelem-se consumidores ao comprar legumes pré-escolhidos/embalados. Cereais pré-embalados é uma coisa, legumes pré-escolhidos e embalados longe da vista do consumidor é outra. Corre-se o risco de adquirir produtos imprestáveis para consumo, passados do ponto ideal de maturação, característica só possível de ser conferida, mediante manipulação/escolha direta pelo consumidor. Para não amargar prejuízos, é melhor o consumidor, ao chegar de volta a casa, abrir a embalagem, sem danificá-la, e conferir a qualidade do produto. Se imprestável, recompor a embalagem e, juntando o cupom de compra, voltar para a troca ou receber de volta o valor pago. É direito do consumidor! Aceitemos a modernidade, mas sem enganação!