Cão, o grande amigo da gente

20 de Outubro de 2013
João de Carvalho

João de Carvalho

NA MINHA infância, já distante, desfrutava da amizade animal de um cão chamado “Periquito”. Como gostava de sua presença reverente, dócil e carinhosa. Era meu companheiro diário. Dele guardo a melhor lembrança canina. Como fez bem à minha sensibilidade infantil. Foi o único animal que possuí até os treze anos. A partir desta data levaram-me para o colégio interno, São João Bosco, em São João del Rey. Houve uma guinada de 360° em minha adolescência. Da vida livre do interior para a cidade. Enclausurado, oito anos seguidos, para fazer o ginásio e o colégio, hoje, fundamental e médio. A memória do amigo não foi esquecida por mim. Dura até hoje, após mais de meio século.

Quando me formei, corri para o cinema, a fim de assistir o filme intitulado “O cão de Baskerville”, de Conan Doyle, criador dos famosos personagens de histórias de detetive, Sherlock Holmes e Doutor Watson. Mais tarde prestei sempre atenção aos assuntos referentes a cães.

Meus filhos viveram a presença de um animalzinho chamado “Pingo”. Dele fiz uma crônica para mantê-lo na memória dos meninos. Foi muito legal. Outro casal, Nick e Mel, fez a alegria dos meus netos(as). Sempre receberam assistência e muita festa. Foram tratados com carinho, jeito, amizade e delicadeza. Eles retribuíram, sempre com docilidade e aproximação. Seus latidos são ouvidos com algazarra das crianças, na volta para casa. À noite, deitam em suas caminhas, bem quentinhas e seguras. Hoje, deles possuímos os retratos como recordação. Os olhos de filhos e netos, ao vê-los, dançam nas lágrimas de alegria. Assim, é a vida que correu na amizade, com os cães de estimação.

O CINEMA retrata em suas telas a história comovente da cadelinha “Princesa”, que permaneceu na porta do hospital de Vitória(ES), esperando seu dono por duas semanas, que já havia morrido. O cão “Hachiko”, que aguardou seu amigo proprietário (Richard Gere) no filme “Sempre ao seu lado”, na frente da estação ferroviária. O dono viajara e falecera, repentinamente. Tornaram-se famosos também, em Hollywodd, através das telas cinematográficas, outros famosos animais como: a Chita dos filmes de Tarzan (John Weismuller e sua companheira Maureen O’Sullivan). Quem não se recorda de “Lessie”, de inesquecíveis películas antigas. Não me esqueço de “Elza”, a famosa leoa que encantou os espectadores. Não podemos olvidar de “Palla de Neve” a beluga encantadora do nosso passado, amante da sétima arte. “Free Willy”, a admirável baleia Orca, rainha dos mares. E o terrier “Ugly” do filme “The Artist” que recebeu o prêmio Palm-dog, em Cannes, na Riviera Francesa.

Nas ruas das grandes cidades do Brasil, é comum vermos cães adestrados, guiando cegos pelas calçadas movimentadas, com segurança. Não menos famoso é o cão São Bernardo, caçador de pessoas perdidas na neve. É comum, hoje, uso de cães adestrados pela polícia, em busca de pessoas em escombros e à cata de drogas, em esconderijos difíceis de serem encontradas. Na França, sabe-se, existem cães utilizados, infelizmente, como isca de tubarões. É usual ensinar cães para proteção pessoal, patrimonial e empresarial. Destacam-se no setor comercial das cidades, como Itabirito, várias casas chamadas “Pet” de tratamento e cuidado de cães de estimação, assim como, dedicados(as) médicos(as) veterinários(as) de notável conhecimento, na proteção sanitária de nossos cães, como por exemplo a Dra. Cláudia.

ENFIM, o que não pode ocorrer é maltratar qualquer animal, como aconteceu, com aquele indefeso cãozinho vira-latas, que foi enterrado vivo pelo seu desnaturado dono. Reprovamos, com veemência, a atitude daquela senhora auxiliar de enfermagem, que espancou covardemente seu cachorrinho, um Yorkshire, na frente da filha menor, que chorou! Isto foi visto pela televisão, com repúdio geral dos espectadores. Onde está a Lei de Proteção dos Animais? Que se façam valer suas normas, em benefício da vida animal, sem maus tratos. “Dia virá em que a ofensa a um animal, será ofensa à humanidade”, escreveu Leonardo Da Vinci.

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