Chantagem psicológica na “arrecadação”

24 de Dezembro de 2014
Jornal O Liberal

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Já que estamos dentro do ônibus, depois de extorquidos na compra do bilhete, o momento é propício para a tomada de mais uns tustas. Eis que jovem esbelto, bem falante, se levanta e se apresenta como representante de “instituição Tal”, beneficente e sempre recuperadora de viciados em drogas. Invariavelmente, o próprio representante se diz ex-viciado e, logo em seguida, pede módica contribuição a cada um dos passageiros do coletivo, enquanto distribui cartela com parcas informações e uma esferográfica como brinde. Depois de distribuídas as cartelas, volta ele a recolher o dinheiro de alguns e devolução do material de outros. Tal expediente carece do mínimo de confiabilidade, sobretudo em tempo de tantos golpes, para que o cidadão decida fazer a doação, por pouca que seja. Contudo, ainda que premido pela suspeita de ser enganado, há quem cede, constrangido diante de olhares alheios.

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