Tributação ou extorsão?

24 de Dezembro de 2014
Jornal O Liberal

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Segundo a sabedoria popular há males - não todos - que vêm para o bem; mais ou menos como o sujeito que leva uma topada, vai ao chão e, quando se levanta, tem pepita de ouro na mão. Mas, em outras ocasiões, não se sabe se o resultado é um bem ou outro mal. Quem, de ônibus viaja, por gosto ou por força do trabalho, de repente, se assustou com nova modalidade de bilhete, acostumado com aquele simples, lido e entendido em rápida corrida d'olhos. O mal é aquela comprida tira de papel impresso, letras miúdas e emboladas, muito mais difícil de ser compreendido; o bem é ele ser mais transparente, não o papel, mas seu conteúdo, informando ao usuário a composição do preço pago, por ocupar uma poltrona e, nela, se deslocar de ponto a outro do estado. Até que enfim, ao viajor que até aqui acreditava só entupir os cofres das empresas, é dado a conhecer outro lado do custo da viagem. E é aí que a paulada, há muito tempo batida, somente agora é sentida! Mais de sessenta por cento é quanto custa o imposto recolhido pelo Estado. Parece mentira, mas está lá, destacado e bem claro: R$18,00 de ICMS em R$29,85 de tarifa paga. O usuário/contribuinte lê, relê e tenta entender a razão de tal extorsão, chegando a duvidar da “sanidade” da máquina que calculou e imprimiu, mas outra congênere faz o mesmo cálculo no procedimento da volta. Mal da máquina ou não, a transparência mostra, mas assim como antes, noves fora poucas exceções, usuários mal informados são mordidos sem sentir dor.

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