Coisas de Ouro Preto!

17 de Dezembro de 2015

Jornal O Liberal

Depois de deixar a caverna e constatar vantagens na vida compartilhada dentro do mesmo grupo, o homem chegou à conclusão que precisava de uma administração para gerenciar a soma dos interesses comuns a todos. A grosso modo, então, surgiu assim a administração pública. Sob leis, regras, regulamentos, normas, passaram o indivíduo e a coletividade a tocar suas vidas. Em grande parte das vezes toda essa gama de regulamentação deve ser rígida, inflexível, aplicada a todos e em quaisquer circunstâncias, para que injustiças não se cometam. Entretanto, a administração moderna inclui também o bom senso, a ser aplicado no contorno de situações em que a rigidez pode não ser justa e resultar em perdas para todas as partes. Cabe ao administrador, e aí está sua força, aplicar, continuamente, o bom senso no gerenciamento e solução de conflitos. Assim sendo, pegou mal, causou constrangimentos, impôs frustração, ocasionou prejuízos e deu mau exemplo de administração, a medida imperial de suspender, à última hora, a abertura do supermercado, programada para o último fim de semana, em Cachoeira do Campo. Sabendo-se que a administração municipal, nem sempre tão ciosa de suas obrigações, admite, por vezes, que boi dê leite, desta vez ao invés de ordenhar a vaca, ela chutou o balde. O empreendimento, há algum tempo em processo de implantação, como expansão de empresa já consolidada em toda a região, não deve ter incorrido em omissão tão grave, pois, seus gestores, certamente, são cientes de suas obrigações junto à administração pública. Devem ter faltado justamente os noventa por cento de bom senso, aplicáveis em administração, para que tal medida fosse aplicada! Na falta do bom senso, procedeu-se como o espírito-de-porco que, tendo todo o tempo prévio, para fazer a denúncia, resolve impedir o casamento na hora do “sim”!