Como será o amanhã

18 de Junho de 2014

Priscilla Porto

Você está lendo esta crônica depois da estreia da Seleção Brasileira na Copa das Copas, na Copa do Mundo no “País do Futebol”.

Eu estou escrevendo esta crônica a três horas e meia do jogo.
Você já sabe quem ganhou. Você já sabe quanto ficou a partida.
Você já sabe se sorrimos, se ficamos aliviados, ou se choramos.
Eu ainda não sei.
Já amanhã, nós dois saberemos.

Estranha demais esta nossa submissão ao tempo, quer dizer, ao Deus do Tempo. O Tempo que tudo sabe, no Tempo que tudo passa, o Tempo que permeia e domina a todos nós.

És ateu? Não deveria. Deveria acreditar, ao menos, no Deus Tempo. Esse sim é detentor de todos os segundos dos seus alegres ou ínfimos dias. Esse sim sabe de tudo o que aconteceu, acontece e acontecerá com você (ainda que nesse último caso, você também ficará sabendo, assim que o “acontecerá” se transforme no “aconteceu”).

Cuidado então – muito cuidado – com o que anda fazendo por aí, hein! Pois há ao menos uma testemunha de todos os seus atos, de todas as suas inconsequências, de todas as suas escapadas, de todos os seus conflitos, bem como de todas as suas decisões. Será, então, que você deve ser bonzinho com o Tempo, para que Ele não seja cruel, no futuro, com você?

Quem é que sabe?

Bom, Ele, com certeza, saberá por você.