#vaitercopa? E a cozinha?

08 de Junho de 2014
Priscilla Porto

Priscilla Porto

A Copa vai se aproximando e o clima mudando. Mas especialmente neste ano, há dois climas crescendo: o de euforia e o de medo.

Movimentos movimentam as redes sociais com as bandeiras de #vaitercopa ou de #nãovaitercopa. E chega a ser frustrante, no País do Futebol, uma Copa do Mundo não ser tão bem vinda.

Mas desta vez, é bem diferente! Porque com a Copa longe é fácil se empolgar, uma vez que os problemas do país sede podem ser maquiados e “viajamos” com a Seleção, pra onde quer que ela vá, sem se importar tanto ou mesmo nada com os arredores dos estádios onde são os jogos. Mas desta vez, o evento é aqui! Agora, a celeuma está dançando em nossas caras e a consciência ajudou a “revelar” uma incompetência e falência governamental de nos dar vergonha e vontade de enfiar a bola no saco e cair fora.

E além da Seleção Brasileira não ser muito conhecida e tentar empolgar com uma goleada em um simples amistoso e contra um time fraco, não há como exaltar um evento que gerou bilhões de gastos, não cumpriu as melhorias prometidas e ainda deixa iminente o medo de que possíveis protestos descambem para a violência gratuita e que mostrou a sua cara no evento futebolístico do ano passado. Sabe-se lá se induzida, de que origem e com qual objetivo: não importa! Pois violência é violência, e desde que o mundo é mundo, nada de bom é gerado de arruaça.

Uma pena muito grande: ter medo de manifestações legítimas que reivindicam dos governantes a transformação dos impostos pagos por nós em serviços de qualidade, por causa de “meia dúzia” de black blocs.

Uma pena muito grande: na segunda vez em que o Brasil, o País do Futebol, sedia a Copa, há um grande risco de batermos na trave.

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