De mentira em mentira, desgoverna-se o país!

11 de Fevereiro de 2015

Jornal O Liberal

O Brasil corre o risco de ficar no escuro, se persistirem as condições climáticas, na origem dos baixos níveis dos reservatórios hídricos, maiores responsáveis pela geração de energia. Entretanto nós, tupiniquins, já vivemos na escuridão, desde algum tempo, alguns conscientes da situação e outros, a maioria, iludidos pela magia política: a mentira. A camuflagem de problemas, para escapar à responsabilidade de sua solução e, ao mesmo tempo, cativar a simpatia populista, é o mote de um governo que se repete nas trapalhadas. Mas, o triste é que a resultante das mentiras, elevação dos custos, cai pesado sobre o povo, o mesmo iludido com falsas lantejoulas. Como se não bastasse o brutal aumento do preço, que não afasta o risco do apagão, pretende-se também transferir para as municipalidades a responsabilidade pela manutenção de toda a rede elétrica em seus domínios; considerada arbitrariedade por especialistas, uma vez que tal medida só poderia ser imposta por ato do presidente da República, nunca pela Agência Reguladora de Energia Elétrica – ANEEL. A dita transferência deve ser opcional, se conveniente ao município, e não obrigatória, pois se há um município capacitado para absorver a responsabilidade, dez outros, absolutamente, não têm condições. Com mentira sobre mentira, tenta-se apagar erros, mas mentira tem perna curta. Ainda soa nos ouvidos dos que sabem ouvir, o anúncio presidencial, final de 2012, de que as contas de energia elétrica teriam substancial redução, no ano seguinte. Anunciada como fruto da bondade governamental, na verdade seria imposição do Tribunal de Contas da União – TCU, que teria apurado superfaturamento, nas costas do consumidor, em decorrência de cálculos errados no reajuste de tarifas. Sete bilhões de reais teriam sido cobrados a mais nas faturas. A dita redução, na verdade, foi devolução, que acabou mascarada com mais aumentos. Qual será próxima mentira?