Delinquência, grande problema moderno

26 de Janeiro de 2018
João de Carvalho

João de Carvalho

QUEM PRODUZ um menino delinquente? Uma pessoa não se transforma subitamente num delinquente (autor de crime bárbaro), porque a delinquência não se faz a não ser que haja um fator desencadeante, dizem os psicólogos, psiquiatras e assistentes sociais.

Há fatores externos e internos que combinados favorecem esta conduta antissocial da pessoa em formação. Na filosofia três autores, assim entendem o comportamento do ser humano:

– Hobbes abraça a teoria de que o homem é lobo para um outro homem. Esta posição desencadeou-se na filosofia Lombrosiana do criminoso nato.

– Rousseau no livro “Emílio” defende que todo ser humano nasce bom e a sociedade é que o corrompe.

– Leibnitz com ponderação descobre um meio termo quando escreveu que o ser humano nasce com tendência para o bem e para o mal. Ele desenvolverá, com a vida, uma ou outra característica, com mais intensidade.

“A expressão delinquência juvenil surgiu na Inglaterra em 1815, quando cinco crianças entre oito e doze anos de idade foram condenadas à morte. Em 1823, educadores e estudiosos norteamericanos desenvolveram uma sociedade para a prevenção da delinquência juvenil e no século XX os juristas americanos criaram tribunais para julgar os menores acusados de terem cometido qualquer ato ilegal” (Márcia Nunes).

NO BRASIL, haja à vista, a criação do ECA, Estatuto da Criança e do Adolescente com todo o seu expressivo conteúdo, na descrição das causas e da solução de problemas ligados aos menores em geral. Os problemas cresceram muito e a delinquência, provém, em geral de famílias desestruturadas, carentes de tudo. Mas, também de famílias estruturadas, pegas de surpresa com a delinquência se apresentando.

À família, à escola e ao Estado cabe a grande e árdua tarefa da solução dos problemas da juventude e da sociedade como um todo, através da educação e instrução.

“Se a criança vive com críticas, ela aprende a condenar – se a criança vive com hostilidade, ela aprende a agredir – se a criança vive com zombarias, ela aprende a ser tímida – se a criança vive com humilhação, ela aprende a se sentir culpada – se a criança vive com tolerância, ela aprende a ser paciente – se a criança vive com incentivo, ela aprende a ser confiante – se a criança vive com retidão, ela aprende a ser justa – se a criança vive com elogios, ela aprende a apreciar – se a criança vive com aprovação, ela aprende a gostar de si mesma – se a criança vive com aceitação e amizade, ela aprende a encontrar amor no mundo.” (Conselhos, análise do comportamento humano em psicologia – pg. 77).

EM CONCLUSÃO: Nós, professores que lidamos por mais de 35 anos com os jovens, sentimos de perto todos seus anseios, problemas, dificuldades próprias da juventude. Hoje, eles estão vivendo em outra época, alimentada pela TV, Internet, celulares e outros recursos modernos que aguçam seus conhecimentos com mais rapidez e precisão.

Por isto, estão exigindo dos pais e professores uma atualização constante para acompanhá-los melhor e com mais segurança. Assim, cabe a todos nós, educadores, pais e autoridades um conhecimento mais profundo e atualizado sobre os fatores internos e externos que envolvem o aprimoramento na criação dessa juventude complexa que ora se apresenta. Isto sob pena de fracasso na formação deles como pessoas.

(Acesse: leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br)

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