Diga não aos vendilhões da Pátria

17 de Dezembro de 2015
João de Carvalho

João de Carvalho

“UM MUNDO diferente não pode ser construído por gente indiferente” (Peter Marshall). Participar do momento histórico difícil, que o Brasil está vivendo, é dever de todos os cidadãos conscientes. Estamos às vésperas de um ano eleitoral. Não podemos abandonar a política nas mãos dos políticos, somente porque há corrupção, em alto nível, nos escalões mais altos dos poderes oficiais da Nação. Nós somos os elementos mais importantes na formação do Estado Brasileiro. O extraordinário homem público, já falecido, Ulisses Guimarães (1916/1992) escreveu, com grande acerto que “A democracia é o regime em que os governados mudam os governantes e, sem violência, fazem mudanças, com, ou mesmo contra, a vontade dos governantes”. As eleições municipais estão a menos de um ano para sua realização, merecendo, desde já, considerações de ordem política, moral e jurídica, que esclareçam com objetividade a consciência de todos os eleitores. Arnold Toybee (1889/1975) filósofo e historiador, afirmou, numa de suas preciosas obras, que: “O maior castigo para aqueles que não se interessam por política é que serão governados pelos que se interessam”. Esta advertência desperta nossa consciência para o dever/direito de votarmos com absoluta isenção, sem a venda/compra de votos sob pena de trairmos os melhores interesses da nação e do povo. A Pátria não pode ser bem construída por gente, por eleitores indiferentes. Omitir-se ao exercício do voto é entregar os interesses legítimos da Nação nas mãos de representantes incompetentes para dirigirem os nobres interesses do Estado brasileiro. É importante que sejam escolhidos os mais competentes, preocupados com o bem comum da população. Não aos vendilhões do Templo Sagrado que é o interesse comum dos cidadãos.

“UM DOS trunfos que todo candidato tem na manga é o funcionalismo público., Esse é todo manipulado eleitoralmente, especialmente nas pequenas cidades. Jornalistas e pesquisadores usam as tendências políticas das grandes cidades para fazer projeções nacionais. Esse é um erro de que nós tiramos proveito. A maioria do eleitorado brasileiro está em cidades médias e pequenas. São elas que definem o resultado das eleições. E, nessas cidades, a forma de fazer política não mudou nada desde o século passado – ou até o retrasado. Valem o tráfico de influência, o clientelismo, o apadrinhamento. Os funcionários públicos, sem exceção, têm o rabo preso com o grupo que detém o poder. É bom se registrar que não se ameaça diretamente servidor algum. A persuasão é sutil. Procuramos inicialmente aqueles que não têm estabilidade: os que exercem cargos ou funções de confiança e os contratados sem concurso. São uma ajuda preciosa e inevitável. Eles não têm alternativa senão participar da campanha: paira sobre eles o temor da exoneração. Mas também colaboram por interesse próprio: ao impedir que a turma rival vença, garantem suas posições ao lado dos poderosos” (O Nobre Deputado, pág. 111, do Juiz Márlon Reis).

EM SUMA, enquanto a gente se omite, deixando de votar, estaremos dando margem aos espertalhões do poder, pois, ainda vale o velho ditado que reza assim: “Enquanto uns choram, outros vendem lenços”.

_(Acesse www.leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br) _

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