Direito de não ter também merece respeito

31 de Agosto de 2013
Jornal O Liberal

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Em tempo de comunicações instantâneas, globais (nenhuma referência televisiva) envolvendo bilhões de indivíduos num torvelinho de informações, cresce também o isolamento, pessoas ligadas virtualmente, porém sem contato presencial, ainda que próximas no espaço. E o paradoxo se estabelece, afastando próximos / harmônicos e “aproximando” distantes / inarmônicos; de um lado a ingenuidade em busca de sonhos românticos e de outro a esperteza do lobo em busca da presa fácil. Conhecedores da tendência voltada ao estranho e distante, não raras vezes paralela ao desdém voltado ao próximo e conhecido, golpistas se sentem à vontade para atrair incautos às armadilhas montadas na internet. Sem sair do campo das comunicações, registre-se o crescimento dos excluídos de alguma coisa, neste grande e bobo país tupiniquim. Ainda que não usado, conquanto exigível em momentos próprios, como cancelamento, adiamento, chegada com atraso a compromissos e outros momentos de importância vital a terceiros, banaliza-se o uso do celular em assunto, tempo e espaço, chegando a exposição de “vísceras” domésticas diante de público circunstante. Tão banal sua posse e uso que o não possuidor / usuário se inclui entre “alienígenas”, discriminado e excluído de serviços: “não tem celular?” “mas como?”. Não ter celular é o mais novo “pecado” do mundo consumista e o “sem celular”, por opção e não exclusão, se torna “carta fora do baralho” na hora de pleitear serviços em ambiente da web. Não tenho e não quero celular; e daí?

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