Dom Luciano: Sabedoria e Santidade

02 de Setembro de 2011
João de Carvalho

João de Carvalho

OS CAMINHOS da sabedoria pertencem aos sábios, os da santidade é apanágio dos justos, dos santos. A história da humanidade está pontilhada pela existência destes personagens. Todos viveram, o grau máximo de seus ideais e de suas capacidades. A maior parte não nasceu em berço de ouro.

Rousseau, no seu famoso livro “L’Émile” aponta o ser humano como fruto de uma sociedade. O ser humano é bom por natureza.

Enquanto Hobles, em sua obra “O Leviatã” defende que o homem é o lobo para outro homem. Somente Leibnis, veio colocar as coisas no seu devido lugar, mostrando que a pessoa nasce com “tendência” para o bem ou para o mal. O meio em que vive, as oportunidades que tiver e seu esforço, poderão torná-lo um ser do bem, ou do mal.

Esta colocação é mais sensata e me parece bastante justa e correta, porque o homem é fruto do meio em que vive ou viverá. Entretanto, há pessoas que se distinguem das demais pela forma com que desenvolvem sua vida na sociedade em que atua. Refiro-me aos Sábios e aos Santos. Aqueles que brilham pelo arroubo da inteligência, pela eficiência do raciocínio, pela produção literária, pelos textamentos mais que pelos testamentos. São os imortais das nossas academias, com mentes selecionadas, evidenciadas e acreditadas pelo seu talento, através de grandes obras de sabor universal.

POR OUTRO LADO, reconhecemos personagens da história humana, que pelo gênero de vida totalmente dedicada ao próximo, nos fazem devedores e devotos de suas vidas urdidas nos rigores da moral, da ética, da virtude, da justiça, da doação, da caridade e do amor incondicional.

Como é bom e confortável para nós, que pudemos viver a mesma época de pessoas carismáticas como estas. Sentir sua presença. Ouvir sua voz pregoeira da verdade e do amor. Sentir a força da sua virtude em defesa do mais humilde, do excluído, dos pobres, dos alijados da sociedade, famintos e injustiçados.

DESTACO, por isto, a figura de Dom Luciano Mendes de Almeida, cujo odor de Santidade aliado à sua inteligência brilhante, vê do além, o esforço de seus Coevos empenhados na sua caminhada para a beatificação. O caminho é longo mas merece, já, o início de um processo que, certamente, num futuro próximo ou remoto busque atingir, colimar um fim desejado: o altar!

Ele que foi arcebispo de Mariana por dezoito anos, teve todo o tempo necessário para provar sua sabedoria aliada ao conceito e vivência da Santidade. E provou! A busca é, das necessárias provas, que dele farão um santo, a ser, futuramente, cultuado pelo povo da atual geração!

MEMBROS da diocese, li em “O Tempo” de Mariana, começam a reunir documentos que devem ser enviados ao Vaticano para análise. Não há prazo para envio da papelada, nem para a resposta da Igreja Católica, em Roma.

Dom Luciano morreu aos 27 de agosto de 2006. Estimado pelo episcopado brasileiro, ficou conhecido especialmente pelo seu trabalho junto aos pobres e excluídos e pela defesa dos direitos humanos. Foi secretário e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB. Sua ligação com o Município de Itabirito é muito expressiva e de caráter extremamente doutrinário e missionário. As Paróquias de São Sebastião e N.Sra. da Boa Viagem receberam suas visitas pastorais, repletas de fiéis, carentes de suas sábias e santas palavras de sabor evangélico, com destaque especial pelos mais pobres, aflitos, excluídos e deserdados da sorte.

O Vaticano, a despeito da rigorosa exigência para verificação da Santidade de seus membros prendados deste dom, autorizou a abertura do processo.

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook