E a zoeira continua

25 de Novembro de 2016
Jornal O Liberal

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No princípio fez-se silêncio; e toda comunidade se sentiu grata às mais novas determinações com vistas ao sossego de cada um, dentro de sua respectiva toca. Prevenidos contra a ação fiscalizadora, eles se contiveram nos primeiros momentos. Mas, foi só um prenúncio do que poderia ser, se não faltassem ações coibitivas. Passados os trinta primeiros dias desde as mais recentes decisões do CONTRAN quanto ao som nos veículos privados, nem parece que a coisa está proibida. Continua tudo como dantes, no quartel de Abrantes, ou melhor, no reino dos zoeirentos e dos “jecas do asfalto”, porque, em se tratando de país mal educado, falta ação contra a prática. Em países educados, onde a lei por si só é força, dispensando-se a coerção, cada qual já teria abaixado sua crista, metido a viola dentro do saco, ou rabo entre as pernas e caçado seu próprio rumo. Aqui, não, primeiro há que brandir a espada, para fazer lembrar a outros que há lei. A permissão do som voltado ao exterior do veículo já era um erro, sabendo-se de seu uso para azucrinação do público, mas interesses acima dos decibéis combatidos forçavam a barra, para que nada se mudasse enquanto a meta em cifrões não fosse alcançada. No mesmo setor, outras artimanhas no jeitinho de encher as “burras” já foram aplicadas, até que o dito ficou pelo não dito. Mas, então caras-pálidas, quando começarão a cobrar respeito às novas normas, para que seja respeitado nosso direito ao sossego?

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