Se é gente não entra

18 de Novembro de 2016
Jornal O Liberal

Jornal O Liberal

Ao abrir e ampliar novas portas nas relações humanas, a internet permitiu também a ampliação da esperteza e a possibilidade de novos golpes, para prejuízo de inocentes e ingênuos. Isso obrigou a que se criassem mecanismos de defesa, muitas vezes indesejáveis por retardarem o acesso à informação desejada. Dentro desse propósito surgiram as “captchas”, recurso para fazer diferenciação entre humanos e robôs, não permitindo que estes prossigam na negociação em curso. As “captchas”, em sua primeira modalidade, são grupos de caracteres (letras e algarismos), borrados ou camuflados entre sinais diversos, que o internauta tem de transcrever corretamente, para provar não ser robô. Com o tempo, elas evoluíram para a identificação de uma no grupo de quatro ou cinco figuras (fotos ou desenhos), ou para a realização de operações simples de aritmética, deixando assim de perturbar o usuário do site, sem prejuízo de sua função, ou seja, restringir seu uso a tão somente pessoa humana. Com isso, o preenchimento de formulários, online, tornaram-se menos enervantes, reduzindo para o dono do site o número de desistências, em relação ao seu negócio. Mas, o mesmo não se dá em sites do serviço público, nos quais a obtenção do que se deseja pode ser frustrante, porque seu sistema permanece na era da pedra lascada, e, ao que tudo indica, sem uma verificação constante de seu funcionamento. Se o usuário tem tempo de sobra ou vocação para masoquista, tentativas de acesso podem passar de vinte, sem que nada se consiga. Ao que parece, em sites do serviço público, “captchas” não servem para discriminar robôs, mas dificultar o acesso da pessoa humana. É coisa mesmo de tupiniquim!

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