Ecologia, ecologistas e ecoturismo

13 de Maio de 2014
João de Carvalho

João de Carvalho

A PALAVRA ecologia significa, pela sua origem grega, o “estudo da casa” (oicos+logia). Como ciência é a parte da biologia que estuda o relacionamento do ser vivo com o seu ambiente. O ser humano – homens e mulheres – está ferindo de morte a natureza, nossa casa comum. Os poderes públicos não podem descuidar da natureza (conjunto de todas as coisas no tempo e no espaço).

O desmatamento está comprometendo profundamente nossos rios. Haja, à vista, o que está ocorrendo em São Paulo, com os reservatórios secando, comprometendo o abastecimento da maior metrópole brasileira que abriga milhões de pessoas. Recordo-me de ao visitar uma gruta e ver escrito à sua entrada o seguinte aviso – admoestação, verdadeiro lema de comportamento humano: “Não tirar nada além de fotos, não deixar nada além de pegadas, não matar nada além do tempo”. A constituição brasileira de 05/08/1988 reservou vários artigos referentes ao amparo do meio ambiente, com destaque especial para o controle da poluição (artigos 24, VI; 174, §3º; 23, VII; 225 §1º, VII; 5º, LXXIII, etc.).

A ONG GREENPEACE está sempre atenta, através de seus destemidos membros, comprando “briga” com o objetivo de preservação dos males do planeta. É bom lembrarmos também dos chamados ecologistas europeus que acabaram com o uso de casacos de peles de animais. É preciso, em termos municipais, valorizar e cooperar com as associações de reciclagem, que recolhem o material passível de reaproveitamento, transformando-o em bens úteis e valoráveis.

Em Itabirito há este processamento habitual e útil, há anos. Urge valorizá-lo e cooperar para o seu funcionamento que visa também a proteção sanitária das pessoas. Uma das cidades mineiras que vive do ecoturismo é São Tomé das Letras. É o turismo praticado em saudável e produtiva escala. Há uma expressão inglesa, “Take off”, que designa o arranco, a decolagem de um país, estado ou município para o desenvolvimento. É bom lembrar que a sociedade é uma reunião de indivíduos, de pessoas para um determinado fim. Então, abracemos com decisão a defesa do nosso meio ambiente, se quisermos viver com segurança. Caso contrário, sucumbiremos, vítimas do nosso desinteresse coletivo. A natureza está nos cobrando este débito com ela. O bom ecologista briga por sua causa, que é também nossa, custe o que custar. Eis alguns mandamentos extraídos do livro “Guia dos Curiosos” de Marcelo Duarte, Cia. das Letras, pág. 85, apud “Introdução à Sociologia” de Pérsio Santos de Oliveira, pág. 154, nesses termos:

“– Antes de jogar algo no lixo, pense em como poderia reutilizá-lo. – Não misture o lixo. Separe o que for possível, como papel, plástico, alumínio, vidro e metais ferrosos. – Prefira embalagens retornáveis ou reutilizáveis. – Procure comprar alimentos orgânicos que, embora percam em aparência para alimentos não orgânicos, ganham em qualidade, pois são cultivados sem uso de pesticidas. – Evite uso de isopor, porque sua produção utiliza gazes que agridem a camada de ozônio. – Não desperdice água nem energia elétrica. – Substitua os sacos plásticos por uma sacola, quando for fazer compras; substitua os copos descartáveis por copos de vidro, e assim por diante”.

EM SUMA, um dos termos mais utilizáveis, na sociologia (ciência que estuda as relações sociais e as formas de associação) é o denominado “consciência coletiva” que é chamada também de “sentimento de nós”. Acordemos para a realidade de nossa natureza agredida brutalmente pelos seus habitantes, ou padeceremos sua consequência desastrosa para todos nós. Não há meio termo. É tudo ou nada! A última hora chegou!

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook