Egoísmo

05 de Agosto de 2011
Neto Medeiros

Neto Medeiros

Minha vida é só minha e por isso, penso em mim o tempo inteiro. Como vou ganhar dinheiro ou desabafar. Será mesmo? Será mesmo que estou sozinho no meio da multidão?

Constantemente minha cuca se preocupa com minhas interrogações. Com as rimas e sentimentos amargos. Com as conexões e o tempo. Ah, o tempo... Estático e veloz. Instantâneo e sagaz. Maravilhosamente moroso e rápido. Feito partida de sinuca.

O que tem me incomodado é a única percepção das coisas. Como podemos ter certeza do que somos ou não? O que nos espera pra lá do tempo? O que não pode ser que não é?

O que “siwgnifica” esse tantão de coisas abstratas e concretas? O que devemos esperar desse presente que já é pretérito?

Além das perguntas retóricas, me entristece o paradeiro das consciências que acham ser um mundo isolado dos outros. Todos somos um...

Neste momento, em cada parte do planeta, um ser conectado por algo maior. Em todas as partes do planeta, células que compõem uma imensidão de partículas e coisas que se perdem nos anos luz do infinito espaço. Pedaços microscópicos interligados pela troca de dados e energia, dividindo o mesmo espaço de tempo.

Minha avó, amada vó, partiu recentemente nessa nave maluca que um dia levará cada navegante. E também por isso acredito muito mais nessa parada toda de conexões e filosofias. Coincidência ou não, em seu santinho, estava a emblemática frase: Somos partículas eternas em contínuo movimentos criados por Deus

Enquanto isso, as pessoas jantando na sala, acostumadas a viver e esperando a morte chegar. Fingindo que não vê. Enxergando e ignorando os milhões de dedos em riste ou em seta esperando pelo vacilo...

A conivência em protestar pra dentro. Ou pra rede. A cada vez mais preso nessa teia (in)finita de informações confusas, ambíguas, prolixas e medíocres...

São teimosias. Filosofias. Ia e não vai mais. A rotina doce e farta de loucuras cheias ou vazias de nada. Como a vida sem sonho. Ou amigos...

Na terça desta semana foi dia da avó. Estou escrevendo essas palavras inclusive agora, mas que seu cérebro está processando agora, neste momento, mas que é futuro e presente nesta terça/sexta-feira. Dia da avó que foi e não foi...

Vida maluca que proporciona roteiros reais. Coisas malucas e (a)normais. Chegará o dia em que todos se respeitarão mutuamente, seja lá qual for a “doidera” de cada um...

Manifeste sua escolha. Liberte seus ouvidos!

Alívio imediato Assalto da vida. Dor que cessa Vontade de apenas Sonhar. Ser benzido e Amado... Conversar. Comidinha com amor Conforme os agrados Confusos da vida. Perdidos ou achados. Aliviado pelo fim Do sofrimento. Lamento da angústia De não poder ter mais. Vá em paz vovó...

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