Enquanto a nação chora seus representantes riem

09 de Dezembro de 2016
Jornal O Liberal

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De acordo com o princípio da compensação a cada lágrima derramada corresponde um sorriso, mantendo-se assim o equilíbrio de forças, no reino da vida. Na vida tupiniquim pode dar-se o contrário, mediante arremedo daquela lei natural, quando a cada tragédia nacional, políticos podem armar maracutaia a seu favor, agravando o que desequilibrado está. Da calada da madrugada e do desvio da vigilância popular para atenção à tragédia aérea que vitimou toda uma equipe de futebol e profissionais da imprensa, políticos se valeram para mutilar projeto anticorrupção, cometendo assim mais um atentado contra os anseios da população e em favor de suas impunidades. Ao mesmo tempo, tentam amordaçar juízes e por fim à operação Lava Jato. Enquanto gemidos, soluços e lágrimas eram a expressão da comoção nacional em torno da perda de vidas humanas, eles, os ditos representantes das mesmas vítimas e dos que choram por elas, votavam contra todos, dentro da Câmara Federal. No Senado, seu então presidente tentou consumar a traição, às pressas, mal sabendo que poucas horas o separavam do afastamento do cargo, por ter se tornado réu junto ao STF. Mas, entre a tentativa no Senado Federal e o afastamento de seu presidente, o povo calou os soluços, secou as lágrimas e voltou às ruas para exigir a moralização do país.

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