Espera-se que, desta vez, a pedra fure

16 de Junho de 2015
Jornal O Liberal

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“Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”; “se a água não secar antes”, acrescenta a gaiatice tupiniquim, a querer dizer que o problema não será resolvido, acostumado o povo ao descaso, especialmente, quando a solução depende da vontade dos administradores públicos. Não é a primeira, mas usuários gostariam que fosse a última reclamação contra o descaso votado contra a tão esperada e demorada estação rodoviária de Cachoeira do Campo. Ainda não se passaram três anos de sua inauguração e ela se transforma em mero ponto de embarque e desembarque de passageiros, carente dos mais elementares serviços. Exemplo mais destacado são as cadeiras, tão resistentes como biscoito de polvilho, até o momento, não substituídas por algo mais condizente com o respeito, que a administração pública deve ao contribuinte, antes do mínimo que ele merece como usuário. Como se ainda pouco o descaso, usuários estão à mercê de horários não respeitados por concessionárias, por culpa primária da administração daquela estação que, até o momento não providenciou outro relógio, em lugar do primeiro e único, retirado não se sabe o porquê e por quem, ou desaparecido não se sabe como. Indispensável e obrigatório em todas as estações de passageiros, o relógio não só orienta usuários e viajantes, como é por ele, devidamente coincidente com a hora oficial, que as empresas devem dar partida às viagens dos seus veículos. Em país sério, organizado, cujos cidadãos conhecem e defendem seus direitos, a questão já teria cheirado a chifre queimado, mas em se tratando de Brasil, notoriamente o município de Ouro Preto, onde galinha cisca pra frente, a coisa rola como o diabo quer! Completa-se o quadro com a displicência tupiniquim, que usa relógio como enfeite e não dá bola a horário: chega para o embarque, o veículo já partiu e ele se resigna, a pensar que se atrasou quando, na verdade, o veículo é que antecipou a partida. Já foram registradas partidas com até quatro minutos de antecipação. Onde está a fiscalização, que deve haver em tais estações? Ó caras-pálidas da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, acordem! Façam jus ao montante depositado em suas respectivas contas, a cada fim de mês.

A grande farsa

Logo após as manifestações de 2013, a presidente Dilma Rousseff, respondendo aos anseios sabe-se lá de quem, anunciou uma série de reformas, dentre elas a famigerada reforma política. Nos moldes, obviamente, do interesse partidário, já que nenhuma das propostas ressoava com a voz das ruas, que rapidamente abafou a militância partidária profissional e black blocs agressores. Passada a reeleição, amargando uma rejeição intempestiva ou suprimida (não manifesta nas urnas) o tema voltou à baila, por força dentre outros, do presidente da Câmara, Eduardo Cunha. Entre propostas absolutamente fisiológicas, outras contaminadas de ideologismo puro e nenhum respeito pela vontade popular, uma questão importante, de grande interesse do cidadão, foi apreciada: o voto facultativo. Não passou. Assim como na questão da maioridade penal, e do financiamento empresarial de campanha, a voz do povo não é ouvida. Sim à maioridade penal! não ao financiamento de empresas ou público de campanha (apenas doações voluntárias pessoa física com limite definido) e sim! ao voto facultativo. Isso seria democracia. O que vivemos se parece cada vez mais com uma grande farsa.

Boa iniciativa abortada pelo desmazelo da população

Muito se fala dos governos, mas e o povo? Será, enfim, que tem o governo que merece? Numa iniciativa sagaz da prefeitura de Ouro Preto, espelhos foram instalados em pontos chaves da cidade, para auxiliar motoristas. Mas não deu muito tempo, pelo menos dois deles já se encontram quebrados, nas proximidades do supermercado Epa e à entrada da cidade, próximo ao Asilo São Vicente de Paula. O Brasil é a 8ª economia do mundo, mas no quesito cultural, vá lá saber qual sua classificação.

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