Extorsão privada e extorção oficial

17 de Janeiro de 2011
Jornal O Liberal

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A internet, maravilha das maravilhas na intercomunicação, super quebra-galho como fonte de informação, resume tudo o que a humanidade tem buscado desde que balbuciou as primeiras palavras inteligíveis e grafou os primeiros rabiscos transmissores do seu pensamento. Mas, se é espaço para alargar conhecimentos e aproximar pessoas, é também meio de safadezas e pilantragem perpetradas por exploradores da boa fé e assim como das necessidades de seu semelhante. Por e-mail chega a informação da possibilidade de trabalho remunerado, em casa, à frente do computador. Diz a mensagem que o trabalho é fácil, o rendimento não é muito, mas ajuda, e pode ser feito nas horas vagas por quem já tem ocupação. Aos interessados, o “empregador” promete enviar o treinamento, além de cinco e-books (livros virtuais) mediante pagamento de vinte reais. Em lugar do treinamento vem instrução para o(a) candidato(a) repassar a mesma mensagem recebida e cobrar de cinco a vinte e cinco reais pela adesão. Não há trabalho algum e dos livros virtuais nem se fala. É a extorsão pura e simples por parte do escroque internauta! Pergunta-se, agora, que nome se dá a algo parecido feito por estabelecimento bancário oficial, isto é, com a marca do governo. As contas do Semae vencem a cada dia 23 que, neste janeiro cai em domingo. Quem, no dia 15, tentou programar o pagamento, não teve a opção de pagar no primeiro útil subsequente ao vencimento, como é a norma, e nem em qualquer outra que não o dia 17, sugerido pelo “site” da Caixa. E esta não é primeira vez, pois já foi levada reclamação à Ouvidoria da mesma Caixa Econômica Federal que, aos necessitados de programar seu pagamento “on line” força a antecipação do mesmo em oito dias, para jogar com o dinheiro por, no mínimo, dez dias. É claro que ela não faz o repasse ao Semae antes do vencimento. Coisas de governo tupiniquim!

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