Homem e cavalo, uma aliança milenar

21 de Julho de 2015
João de Carvalho

João de Carvalho

A HISTÓRIA do cavalo remonta há 50 milhões de anos. O ancestral mais antigo é o Eohipus. São variadas as raças de cavalo (classificado cientificamente como mamífero perissodáctilo, solípede, doméstico, da família dos Equídeos). Existem na realidade grandes variações de dimensões e de aparência externa, às vezes, dentro de uma mesma raça. Dá-se ênfase à sua aptidão, conhecendo-se duas raças: os que apresentam velocidade e aceite de sela, (cujo exemplar mais significativo é o tipo árabe); e os de força ou tiro, representados pelo puro sangue inglês. Há uma variedade muito grande destes animais, nestas duas classificações primordiais. Destacam-se também, algumas raças de cavalos, entre eles: o cavalo campolina; cavalo manga-larga; o puro sangue inglês; o cavalo árabe; o cavalo de passo do Tennessee; o cavalo standarbred, dos EUA. No Brasil, os primeiros animais chegaram com os novos portugueses, trazidos por Martin Afonso e Tomé de Souza, introduzidos em São Vicente, Pernambuco e Bahia, posteriormente, com as Entradas e Bandeiras, disseminados pelo interior do Brasil. (Mais informações no vol. 4, págs. 152/155 da Barsa).

O CAVALO serviu inicialmente, no seu aproveitamento mundial, para serviços pesados, assim como, na antiguidade usados por egípcios, persas e assírios como animais de guerra. Na Idade Média o cavalo era de extraordinária valia para atuação das Cruzadas. Cavalo e cavaleiro eram uma dupla da elite feudal. Daí surgiram as ordens militares religiosas. Conhecemos os grandes romances de Cavalaria que embalaram nossos sonhos de mocidade ávida pela destreza em dominá-los, com perfeição, como nas lutas medievais. Basta citar os romances dos Cavaleiros da Távola Redonda, na época de Carlos Magno. O Filme “El Cid” consagrou um herói morto chefiando um exército, atado ao lombo de um cavalo. O grande cavaleiro era armado cavaleiro, após uma educação específica, no manejo da espada e domínio sobre o cavalo, cuja finalidade era a luta. O seu apogeu foi no século XII, um misto de fé, nobreza e destreza do cavaleiro. No início da Idade Moderna, com a decadência da Cavalaria, este animal cedeu lugar à infantaria, esta baseada em armamentos técnicos, com armas mais lesivas e mortais, em virtude do descobrimento da “pólvora” e sua aplicação. Vários municípios possuem entidades dos cavaleiros, como Itabirito e Ouro Preto, etc. Hemos, por bem, destacar a presença desse belíssimo, útil e valioso animal, nestes episódios reais ou imaginários, da vida humana, assim: O Pégaso (cavalo alado); o bucéfalo de Alexandre, o Grande; o cavalo de Átila, rei dos hunos; o cavalo de Nero, como senador; os corredores de nossos hipódromos; as montarias de nossos militares; os puxadores de carruagens de reis e rainhas; os cavalos circenses; os charreteiros das cidades históricas; aqueles que serviram Dom Pedro I, no grito da independência; e, a Deodoro da Fonseca, na proclamação da República; os tocadores de engenho de cana, na época das fazendas e senzalas; os exibidos nas disputas e arenas romanas, etc.

ENFIM, até a Lua, no conceito popular e religioso tradicional, exibe um estiloso e intrépido corcel, montado por São Jorge na luta contra o mal, simbolizado pelo dragão. A Literatura exalta uma nação, a Espanha, através da maratona de Dom Quixote dela Mancha, montado no Rocinante. Encerramos com as mensagens apoteóticas e apocalípticas dos sete cavaleiros descritos por São João na Ilha de Patmos. (Acesse: leiturahobbyperfeito@blogspot.com.br).

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