Insensatez na solenidade

20 de Abril de 2017
Jornal O Liberal

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Religião é uma coisa; cultura, outra; e política, outra completamente diferente. Entretanto, as duas primeiras, religião e cultura, podem ser vistas de mãos dadas, por obra do próprio povo em suas manifestações, em qualquer parte do mundo, incluindo-se Ouro Preto. A política, quando exercida seriamente, mantém-se longe delas, respeitando-lhes espaço e tempo de suas manifestações, pois sua natureza competitiva conflita com o íntimo, onde deve morar a religião de cada um, e, com a liberdade sem a qual cultura deixa de ser cultura. Fazer dos tapetes florais, na procissão da Ressureição, veículo do pensamento político de qualquer corrente é um ato insensato, fora de propósito, abusivo e agressivo contra os sentimentos do povo. Condena-se o ato e responsáveis deveriam ser chamados às falas, para que, tardiamente (deveriam ter aprendido em casa e na escola), aprendam a lição do respeito às coisas da religião, seja qual for, ainda que não professe nenhuma. Antes que as apontem, que não sejam vistas como intervenção política, as palavras do pregador na sexta-feira da Paixão, pois, de forma indistinta, sem citar nomes de pessoas e de partidos, foram alusivas a tão somente o comportamento criminoso de políticos. Foi um ensinamento moral que, infelizmente, tem faltado, o que leva à prática de toda a sorte de crimes que se tem testemunhado, não só no meio político, porém em toda a sociedade.

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