Língua de trapos nas redes sociais

27 de Maio de 2016
Jornal O Liberal

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Se fofoca, com base em algo suposto e não comprovado, pode ser cruel e causa de crimes irremediáveis, muito mais perigosa é na internet por meio das redes sociais. Infelizmente, não só a deturpação de uma informação, porque a mentira engendrada e propalada com propósitos claros de denegrir o próximo é mais comum do que parece. Exemplo de fofoca online, que teria manchado a imagem de inocente, se não verificada em sua origem, espalhou-se na internet há poucos dias.

O boato online dizia que falso cadeirante teria sido flagrado a carregar a tocha olímpica, no início de sua turnê pelo Brasil. As más línguas davam conta de que “suposto” paraplégico teria caído da cadeira de rodas e, rapidamente, se levantado para voltar à cadeira. Investigada a verdade, confirmou-se a queda e a imediata volta do cadeirante à cadeira com ligeira ajuda de outra pessoa. Antes que qualquer explicação fosse dada, a imagem do atleta já era, maldosamente, conspurcada. Acontece que o cadeirante nunca se apresentou ou foi apresentado como paraplégico.

Na verdade, ele é portador de uma deficiência (geno valgo) que aproxima os joelhos e separa os pés, impedindo-o de andar normalmente. Entretanto, essa deficiência não o impede de jogar basquete, fazendo uso da cadeira de rodas. Cuidado com a língua, ó caras pálidas! E mais cuidado ainda ao postar, nas redes sociais, fatos dos quais não se tem comprovação.

Nem sempre o que nos parece é! E estando em jogo honra e imagem do semelhante, melhor calar-se até que se aclarem os fatos.

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