Nem só políticos merecem

01 de Dezembro de 2017
Jornal O Liberal

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Para não poucos, servir-se, usar e abusar da coisa pública, neste país, somente é crime, no papel, escrito com letras mortas porque, na prática e na verdade, o vale-tudo instalou-se, de alto a baixo, na sociedade tupiniquim. Quem pode, pode, tem poder e por isso pode! E tendo poder, avança-se com as mãos, lá do alto, sobre o patrimônio público, sobre os serviços da mesma natureza ou, mais direto, dentro dos cofres, mandando às favas propósitos e objetivos de tudo que se diz público. Demorou, mas como nem tudo é para sempre, parte sã do organismo público reage, põe a descoberto a ladroeira e tenta pegar as quadrilhas. Isso lá alto, onde quem pode, pode. Cá em baixo, quem não pode se sacode! Sacode e se vira como pode para também ter seu naco, a exemplo dos do alto (olhe a isonomia aí, gente!). Mas, não tendo peito (no vulgar se diz de outra forma) e, muito menos, a competência, dos de cima, a ralé quebra, depreda ou faz mau uso do que lhe está disponibilizado no espaço público, ou avança sobre este último, como se sua propriedade fosse. Dentro de sua mediocridade, Zé-manés até que pouco fazem para si, mas ao patrimônio público com extensões ao privado, o prejuízo que causam é proporcional ao rombo oriundo da cúpula. É assim que molecotes, sem o que fazer de bom proveito, à noite, costumam “acampar” nas portas de estabelecimentos comerciais (podendo também ser residências) para, ali fazer piquenique. Sujam todo o local, desprezando várias lixeiras a poucos passos e, enquanto isso, deixam o som automotivo espalhar barulheira (sons graves acima dos agudos) por toda a vizinhança. Nem parece existir a Resolução 624/2016 do CONTRAN, que proíbe equipamento que produza som audível do lado de fora do veículo. Também na má relação com a coisa pública: ASSIM EM CIMA COMO EMBAIXO!

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