A máxima resignante, segundo a qual “justos pagam pelos pecadores”, tem prevalência na proporção inversa à resignação da parte contrária; isto é, depende da força da reação da parte prejudicada, desde acomodação completa até a cobrança enérgica de reparos à altura da ofensa praticada. Por ocasião do temporal do último dia de novembro recente, enxurradas alagaram a parte baixa da localidade, invadindo estabelecimentos comerciais e residências, nos quais se registraram prejuízos. Não é a primeira vez que tal fato acontece e não será a última, se enérgica reação não houver dos que padecem prejuízos, desde que se saiba não serem as chuvas e nem as enxurradas as verdadeiras causas do transtorno. Para que as enxurradas atinjam seu destino natural, existe uma rede pluvial, mas suas bocas-de-lobo foram tapadas, para se evitar o mau cheiro proveniente de conexões clandestinas de esgoto, feitas por irresponsáveis sob o beneplácito implícito na omissão do serviço público correspondente, ao qual cabe fiscalizar e coibir intervenções desautorizadas. Não se admite que inocentes paguem por erros cometidos por terceiros! É urgente, razoável, justo e salutar que sabotadores da rede pluvial reconheçam suas culpas junto ao SEMAE, providenciando a regularização de seus esgotamentos sanitários, para que as galerias pluviais retornem à sua verdadeira utilidade. Mexam-se! A comunidade aguarda a reparação dos erros!
Não é novidade que em período chuvoso, a atenção tem que ser redobrada. Riscos de desabamento, riscos no trânsito, riscos às margens dos rios. Mas há que se dar uma mão ao destino, e não desafiá-lo. Um carro capotou próximo ao colégio D. Bosco na manhã do dia 4, e a primeira culpa se verteria sobre a pista molhada, mas o olhar atento de testemunhas notaram e registraram o estado dos pneus do veículo, carecas. Informações de que o veículo representa poder público municipal. O contexto de crise financeira tem consequências evidentes, mas não se pode sacrificar a vida humana, há que se priorizar condições mínimas de segurança ao servidor. Ao mesmo tempo, o bom senso dita que não se pode lançar mão de um instrumento de trabalho sem condições de uso, especialmente em situação de risco agravado pela temporada de chuva.