Novamente bicheira no Enem

11 de Novembro de 2016

Jornal O Liberal

O Exame Nacional do Ensino Médio – ENEM está a virar caso de polícia, assim como a Educação, há muito tempo e – por que não? – o próprio Brasil; a força tarefa da Lava Jato que o diga! Mas o ENEM... que coisa sô! Todo ano tem confusão. Não se fala aqui das invasões/ocupações (caso de polícia também), que causaram o adiamento das provas para grande número de estudantes. Esse é outro assunto que, em país sério e organizado, seria tratado de outra forma, mas “deixemos isso pra lá”, por enquanto. O que mais interessa, no momento, é a repetição das fraudes. Como se não bastassem injunções de ordem negativa, no âmbito da Educação, próprias de país subdesenvolvido, jovens estudantes têm que conviver com as de natureza criminosa, bandida, no momento mais crucial de sua jornada em direção à universidade. Isso é indigno de um país que se quer inserido entre os mais civilizados, e, revoltante para aqueles que levam os estudos a sério, na pretensão de se tornarem cidadãos integrados, criativos, produtivos, enfim, cidadãos em toda sua essência. Nesse sistema, injusto por natureza, o estudante responsável e preparado compete como num jogo, podendo perder para um menos qualificado, nem tanto esforçado, porém beneficiado por circunstâncias, além de enfrentar critérios político-ideológicos. Por fim vêm gangues, especializadas nesse tipo de fraude, que não só podem frustrar o sonho de muitos, mas lançam também um balde de água fria no trabalho da rede de servidores e colaboradores, voltada para o êxito do programa. O ideal seria o estudante, comprovadamente preparado, ter acesso à universidade, sem qualquer tipo de seleção, com características de jogo de azar e sujeita a fraudes, mas assim não sendo, que legislação aperte o cerco e o serviço de inteligência da polícia entre a fundo na questão. Educação é coisa séria demais para ficar à mercê de criminosos!