... imaginei que leria uma manchete de jornal impresso como esta: “TRF mina candidatura e aproxima Lula da prisão”, traz a capa de O Tempo, de 25/01/18. Impresso, porque cheguei a acreditar que, se algum político da categoria, peso e popularidade de Lula fosse algum dia condenado por corrupção, seria em uma era de mídia exclusivamente digital: impresso extinto.
E não é que eu realmente tenha algo contra Lula, como podem estar já imaginando os “petralhas”, afinal, anseio pela condenação de Aécio Neves, “igualmente” - assim como se procederam as prisões de Sérgio Cabral, Anthony Garotinho e Eduardo Cunha. Isso porque creio que a condenação, em segunda instância, de um político da categoria, peso e popularidade de Lula, é uma vitória para o país: talvez, o Brasil ainda tenha jeito! E não é “jeitinho”: pois se roubou e se incorreu em crime, tem que ser condenado, gente! Não importa de qual partido!
E a condenação deliberada pelos desembargadores do TRF-4, no dia 24 de janeiro de 2018, vai além de uma pessoa, vai além de um político da categoria, peso e popularidade de Lula, vai além do posicionamento ou filiação partidária de cada um. A decisão pode estar sentenciando igualmente, além da corrupção, a cara-de-pau e a falta de vergonha na cara de cidadãos e brasileiros como nós, escolhidos por nós, mas que não nos representaram com decência.
A decisão unânime ocorrida no sul do país pode ter, na realidade, profetizado:
*_Jornalista, cronista e autora dos livros “As verdades que as mulheres não contam” e “Para alguém que amo - mensagens para uma pessoa especial”._