O Berro do Bode Zé

22 de Setembro de 2013
Jornal O Liberal

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A Casa da Mãe Joana

Na falta de vontade política, que produza segurança eficaz contra criminosos e leis que realmente punam por crimes cometidos, o jeito é apelar à lei do menor esforço e punir, preventivamente, toda a sociedade. É assim que se proibiu o uso do celular dentro das agências bancárias e quase se proibiu a garupa na motocicleta. Em todo o país, usuários foram proibidos de usar o telemóvel nos bancos. Todo o país, vírgula, porque em Ouro Preto ele continua em uso, em alto e bom som, diante do guarda e de quem mais queira ver e ouvir. Pelo menos foi isso que aconteceu, em determinada agência e certo dia da semana passada. Será que Ouro Preto mudou de país?

Dicionário não vale para a burocracia

Dicionários apontam para a palavra “atestado” os significados: 1. Documento que contém atestação (2); certidão. 2. Prova, demonstração. E para a palavra “certificado”: 1. Contido em certidão. 2. Tido por certo; asseverado. 3. O conteúdo de uma certidão. Qualquer um percebe que ambas, “atestado” e “certificado”, significam a mesma coisa. Só para a burocracia tupiniquim elas dizem coisas diferentes. Só porque, ao longo do tempo, foi trocada a primeira pela segunda no documento do mesmo órgão, quem o possui na versão antiga perdeu os direitos. Assim sendo, seis e meia dúzia não mais equivalem à mesma quantidade.

Respeito ao Semelhante

Em qualquer lugar deste país, quando órgãos e serviços de atendimento ao público mudam de endereço, é afixado cartaz “mal cavacado” ou seta riscada, a mão, para apontar outro local de atendimento. Em Ouro Preto, nem assim se procede. As “coisas” trocam de endereço, sem mais nem menos, como caloteiro a fugir dos credores. Usuário, cliente e contribuinte que se virem para descobrir o novo endereço. Por isso, a fita de isolamento, a bloquear parte da portaria, causa estranheza. Por ser grande instituição de prestação de serviços, é intenso o movimento na portaria, onde funcionário se encontra a postos, todo paramentado, crachá e tudo o mais. Clientes se aproximam e ouvem: Queiram, por favor, se dirigir à outra portaria, porque esta está em obras. A outra portaria, apontada por ele, na mesma direção, dista cerca de cinquenta metros. Este procedimento deveria ser exemplo para todos, em circunstâncias similares, mostrando respeito ao semelhante em busca de atendimento, de qualquer natureza, seja na área pública ou privada

Respeito ao Semelhante II

Na mesma linha do respeito devido ao semelhante, é muito bom dizer que valeu a “gritaria” contra a zoeira extravasada das duas festas de formatura, realizadas em Cachoeira do Campo, no início do ano. Muito bom, porque a população começa a entender que reclamação contra qualquer ato e procedimento agressivo aos seus direitos não é chatice ou fora de propósito. É direito de cidadania e dever, em defesa de toda a sociedade. Muito bom porque, outra festa se realizou, no mesmo local, no último fim de semana e muita gente nem ficou sabendo dela. O som foi completamente isolado e quem não foi à festa dormiu em paz. Também esse procedimento deveria ser exemplo para organizadores de futuros eventos, do mesmo porte.

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