O estado brasileiro está de cócoras!

12 de Agosto de 2015
Jornal O Liberal

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Embora o estado tentasse, até há pouco tempo, mascarar dados relativos à violência e criminalidade, o fato é que estas chegam às raias do inimaginável, deixando a população assustada e saudosa do tempo, em que o grande perigo era representado pelo punguista nas ruas das grandes cidades, e, por um ou outro assaltante mais atrevido. Dos raros assaltos a residências estavam livres moradores de apartamentos, ainda que não dotados dos recursos de segurança, hoje obrigatórios, mas não suficientes para conter bandidos nem nos condomínios de luxo. Em lugar e momento algum, a pessoa está livre da bandidagem, que não mais é analfabeta, deixou de ter aparência rude e chega a esbanjar cordialidade, até que a vítima lhe cai nas mãos e aí... seja o que o diabo quiser! Desta triste e assustadora realidade, sete jovens, entre dezesseis e vinte e três anos, ambos os sexos, viveram experiência dramática, no último fim de semana, quando faziam passeio ecológico em matas da Região Metropolitana de Belo Horizonte. À tarde do sábado, quando já regressavam, foram surpreendidos por bandidos que lhes tomaram tudo, incluindo-se as roupas dos rapazes, que ficaram só de cuecas. Perdidos, sob frio intenso, munidos de um deficiente celular, único não levado pelos assaltantes, os jovens só foram resgatados quase vinte e quatro horas depois. A selva, antigamente, perigosa por ser o habitat de animais sanguinários, tornou-se campo de ação de bandidos. Era só o que faltava! Se age em qualquer lugar, o criminoso, homem ou mulher, também deixou de lado escrúpulos, para fazer qualquer coisa para conseguir seu intento. Há cerca de um mês, uma mulher grávida foi morta a pauladas por outra mulher. Por si só, o crime é terrificante, mas ele foi cometido como meio de praticar outro: o roubo de um bebê. E o bebê estava na barriga da vítima, que o daria à luz dentro de alguns dias. A assassina abriu a barriga da vítima, valendo-se de uma lâmina de barbear. Enquanto o estado brasileiro não assumir a autoridade, que lhe cabe, por meio de leis justas, porém severas com criminalidade, a sociedade não estará segura e terá tendência à aplicação do poder que não lhe cabe.

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