O que conta não é a segurança, mas, os cofres cheios!

14 de Julho de 2011
Jornal O Liberal

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Em dados momentos, faz-se a pergunta de quanto vale a vida humana. Depende da hora e das circunstâncias, podendo ser o custo de uma bala de revólver, o valor de objeto cobiçado e outros valores, incluindo-se os de natureza abstrata abocanhados pelo egoísmo. Vista por este ângulo, conclui-se que na mente das autoridades responsáveis pela segurança no trânsito, a vida humana pode valer apenas uma multa. As diversas interseções da Rodovia dos Inconfidentes, bem como as travessias de pedestres, no perímetro urbano de Cachoeira do Campo/Ouro Preto-MG, reclamam providências, há muito tempo, em prol da segurança de todos. E, não poucas vezes, este espaço foi utilizado para protestar, denunciar, reivindicar e reclamar providências de quem com responsabilidade para tal. Como resposta tem-se obtido o silêncio e como ação tem-se visto o nada! Com o desvio do tráfego pesado da BR-381 para cá, o perigo na “Inconfidentes” se agravou, estabelecendo-se o caos por ocasião de feriados, férias e grandes eventos em Ouro Preto, recaindo seu maior (do perigo) peso sobre os pontos de interseção em Cachoeira do Campo. Promessas mirabolantes têm servido para empurrar a solução do problema para futuro incerto, ou para o nunca, enquanto aumenta o conflito entre o trânsito local (de pedestres e veículos) e o da rodovia, sem esquecer a ascensão dos níveis de risco de acidentes. O cruzamento da rodovia passou a depender exclusivamente da educação e boa vontade de quem por ela trafega; e muita paciência de quem necessita atravessar de um lado para outro. Enormes carretas fecham entradas de postos de abastecimento, dificultando acesso de coletivos, que acabam retendo o fluxo e provocando mais impaciência. Em lugar de medidas de segurança, defendidas pelo povo, a favor da vida, instalam-se dispositivos de cobrança, a favor dos cofres públicos. É isso que se constata com a instalação da chamada fiscalização eletrônica, em vários pontos da Rodovia dos Inconfidentes. A segurança do cidadão continua em segundo, terceiro ou, sabe-se lá, em que plano.

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