Por que as pessoas fumam?

12 de Agosto de 2013
João de Carvalho

João de Carvalho

HÁ QUARENTA anos abandonei o cigarro, então meu companheiro diário no trabalho, em casa, nas festas, nas diversões, de dia e de noite. Ele estava comigo, entre o indicador e o dedo médio, infalivelmente, manchando-os de amarelo-cinza, pela força da nicotina, mas fazendo parte da minha personalidade. É incrível, mas foi verdadeiramente incontrolável, confesso, por submissão à sua força, gerada pelo hábito.

É fácil aprender a fumar. Difícil é deixar de fumar. Abandonei o cigarro por dois fortes motivos: Primeiro: meu pai, fumante inveterado, faleceu vítima de enfisema pulmonar, provocado pelo uso incorrigível do cigarro. Segundo: Eu já padecia dor pelo início de uma úlcera estomacal, provocada pelo uso constante do cigarro. Abandonei-o a tempo! Quando se argumenta que “se fumo, morro; se não fumo, também morro”, é um argumento tolo, próprio para camuflar a própria fraqueza, ante o vício, que não perdoa. A força do hábito de fumar é impositiva, mas não é insuperável. É preciso força de vontade, muita força, porque esta fumaça é superapelativa e prazerosa, confesso, como ex-dependente dela. Querer abandonar o vício, é poder!

FUMAR é uma distração que destrói o organismo. Não entendo de medicina, mas, após belos e agradáveis cigarros, já padeci das consequências dolorosas, provocadas pelo uso deles. O melhor caminho para interromper o hábito de fumar é, simplesmente, deixar de fumar. Fiquei sabendo que pessoas fumantes já tentaram usar de hipnotismo, acupuntura, psicólogos e outros caminhos possíveis e imaginários. Tudo, creio-crer, é válido, mas o principal é a força de vontade de cada um. Será que vale a pena continuar fumando? Vejam o que encontrei sobre:

Por que as pessoas fumam? “Geralmente nem os fumantes sabem por que fumam, ou admitem sabê-lo. As respostas são as mais diversas possíveis e desencontradas. E uma minoria absoluta admite fumar por vício. A maioria responde: fumo para distrair-me; fumo para matar o tempo; fumo para combater a solidão; fumo para acalmar os nervos; fumo porque gosto; fumo porque a bebida reclama o cigarro”. Mas, deveriam os fumantes admitir que acima das evasivas com que tentam eles justificar seu hábito de fumar, existem outros e mais reais motivos, como: “Por ignorância, desconhecem o perigo a que se expõem. Por vaidade, luxo, exibicionismo, presunção, desejo de autoafirmação de masculinidade; por medo, angústia, tristeza, preocupações, estímulos, até por sentimento de inferioridade... o fumo é o passaporte que conduz o jovem a outros vícios como bebida, drogas, relações sexuais precoces e outros vícios... O essencial seria ajudarmos os fumantes a abandonar seu hábito e impedir que os jovens o contraiam”. (Do Livro “Conselhos”, Análise do Comportamento humano em Psicologia, trechos pinçados, alternadamente, entre as páginas 342/348).

EM SUMA, “O câncer no estômago, que pode assemelhar-se inicialmente à uma úlcera péptica, ocorre duas vezes mais frequentemente, em fumantes do que em não fumantes. O câncer na extremidade inferior do intestino grosso, provavelmente, o tipo mais comum de câncer interno também aflige os fumantes com maior frequência do que os não fumantes. As pesquisas revelam que o hábito de fumar apressa a destruição do osso em que estão incrustrados os dentes, fazendo com que caiam, antes do tempo”. (ibidem, página 352).

Tenho, como verdade, que passei a gozar de melhor saúde, depois que parei de fumar.

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