Pra prescindir de cobrador, que tal estrutura de primeiro mundo?

06 de Maio de 2014
Jornal O Liberal

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As coisas não andam bem no setor de transportes públicos brasileiro. E isso reverbera também em nossa região. De Amarantina, chega relato de que o motorista de ônibus que faz a linha a partir de Santo Antônio do Leite é um verdadeiro herói: “dirige, cobra passagem e é mecânico”. Recentemente, estava a tentar reparar ônibus com passageiros amontoados e bastante irritados, a maioria em pé. Ainda segundo a mesma relatora, a linha de Amarantina está sempre lotada, o que caracteriza grande descaso para com o passageiro. Reclamação registrada, note-se, antes de qualquer coisa, que se é pra prescindir do cobrador, que seja instalado sistema de pagamento automático, à exemplo da Alemanha. Se não se confia no usuário (brasileiro) para tanto, que se contrate cobrador! Mas na busca de solução mais ampla, de imediato vem o pensamento: “e a licitação do transporte público em Ouro Preto, que não sai”? Mas também é preciso lembrar ao cidadão, que em seu nome, movimentos sociais, em protestos pelo país, queimam ônibus nos grandes centros, gritam por subsídio e interferência governamental (mais impostos para serem desviados) e contra o aumento das tarifas segundo leis de mercado, e o primeiro efeito disso tudo é o sucateamento das frotas das empresas, que esse ano não serão renovadas, como medida protetiva natural, tornando tudo muito pior para o usuário. São esses os efeitos dos monopólios organizados pelo próprio poder público, o que leva a pergunta: o problema é oriundo da falta de regularização, ou é oriundo do compadrio?

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