Segurança pública ao custo do futuro?

14 de Abril de 2016
Jornal O Liberal

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De cidadã indignada, chega relato de que a Polícia Militar da cidade, em ação rotineira, conduziu suspeita (reincidente, muito provavelmente) para a delegacia de polícia. Até aí tudo bem. Mas a suspeita calhava de ser mãe de uma criança de 3 anos de idade, presente na casa ao momento da batida. Assustada com o que se passava, a criança ficou completamente solitária, sem amparo, enquanto a maioria da vizinhança se imiscuía de maior envolvimento na absurda situação. Levada a mãe para a delegacia, ficou o menino a depender da caridade de pessoa estranha, que ao notar a situação de abandono (pela polícia, não pela mãe, inobstante sua inépcia psicológica) a conduziu para o conselho tutelar para devidas providências. Que fique aqui a admoestação merecida à polícia: primeiro, que se cuide do destino da criança, leve o tempo que for, aguarde-se conselheiro tutelar no local, após contato, ou saia-se em busca de parente para se responsabilizar pelo infante. Depois, efetue-se a detenção. Não se faz segurança pública condenando-se ou aprofundando o malfadado destino daqueles que serão o futuro da nação.
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