Sionismo, um projeto de Deus

02 de Junho de 2017
Geraldo Gomes

Geraldo Gomes

Sionismo é a palavra usada para identificar o movimento de retorno do povo judeu para o Oriente Médio, precisamente, para as terras de Israel. Este nome deriva de Sião, nome do monte sobre o qual está edificada a cidade Santa de Jerusalém, a capital indivisível dos judeus. Em toda orografia da Terra Santa este é o monte mais importante. Desde os anos setenta de nossa era, quando os romanos destruíram o Templo de Salomão, local sagrado para os judeus e centro de culto do judaísmo, arrasando em seguida toda Jerusalém bem como todas cidades importantes de Israel, os descendentes de Abraão se encontravam banidos de sua própria terra, em uma diáspora aparentemente infindável.

Massada foi o último bastião de resistência judaica na luta desesperada dos judeus para permanecerem na sua terra. Isto não foi possível. O Mar Morto presenciou, num só dia, a morte de quase um milhar de judeus. Preferiram o suicídio coletivo, no topo de Massada, a cair pela espada romana. Aquele dia ficou marcado na história geral dos povos, como o dia do início da diáspora do povo judeu, expulso da sua terra pela fúria romana.

Durante estes quase dois mil anos que se passaram desde os acontecimentos de Massada, Deus tem preservado a identidade da nação judaica através do profundo sentimento religioso do seu povo, e, da sua fé inabalável em Jeová, o Deus de seus pais. A palavra sionismo foi usada pela primeira vez em 1890 pelo escritor judeu Nathan Birmbau, mas o sentimento sionista sempre esteve presente na história do povo. No cativeiro babilônico o salmista anônimo descreveu suas dores sentado às margens do Rio da Babilônia, tocando sua harpa e lembrando-se de Sião (Salmos 137) . Sião, para os judeus, tanto pode significar Jerusalém, como toda a terra de Israel. Em todas as nações da terra sempre houve descendentes de Abraão, porém, sempre houve em todos os tempos, em todas as famílias judaicas o anseio de voltar para a sua terra: o anseio por Sião.

O sionismo não é só um anseio ardente no coração judeu: Deus o projetara dentre os seus muitos cuidados que tem com seu povo. Através de vários profetas do Velho Testamento prometeu Ele aos filhos de Israel que um dia voltariam para sua terra. Assim disse Ele através de Ezequiel: “Hei de ajuntá-los no meio dos povos, e os recolherei das terras para onde foram lançados, e os darei a Terra de Israel” (Ez 11:17) Este profeta ainda escreveu a Palavra do Senhor: “Tomar-vos-ei dentre as nações e vos congregarei de todos os países e vos trarei para vossa terra. Então aspergirei água pura sobre vós, e ficareis purificados. Dar-vos-ei coração novo, e porei em vós espírito novo, tirarei de vós o coração de pedra e vos darei coração de carne”. Jeremias também profetizou: “e habitarão na sua terra” (Jr 23:8). Os resgatados do Senhor voltarão e virão a Sião com cânticos de júbilo profetizou por sua vez Isaías (Is 35:10).

As profecias bíblicas nunca falham. Nos últimos anos o mundo tem presenciado uma volta constante dos filhos de Israel para a sua terra, a partir de 1948 quando foi votada na ONU a resolução para a criação do Estado de Israel. Osvaldo Aranha, brasileiro que em 1947 presidira a Primeira Sessão Especial da ONU, foi quem assinou a resolução que determinou a partição das terras da palestina entre judeus e palestinos. Estava criado o Novo Estado de Israel. Desde então as profecias supracitadas vêm se cumprindo dia a dia. A chegada de judeus em Israel , para ali ficarem como moradores, é uma rotina diária.

O movimento sionista começou de forma ordenada em 1897, na cidade Suíça de Basiléia, às margens do rio Reno. Theodor Herzel, um dos organizadores do congresso quando compareceram judeus de dezessete países, falou em tom emocionante: “somos um povo, todos os povos têm sua pátria. Precisamos de uma pátria nacional para o nosso povo”. Escrevera ainda em seu diário particular: talvez em cinco anos, mas certamente em cinquenta os homens verão o novo Estado de Israel florescer entre as nações do mundo. Seu escrito profético se cumpriu em 1947. O sionismo antes de ser um anseio do povo judeu já era um projeto maduro no coração de Deus.

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