Todos somos responsáveis

08 de Abril de 2014
João de Carvalho

João de Carvalho

“Quem vai lavar sua mente não sou eu, é você”, assim diz uma das músicas de Gabriel, o Pensador!

Estamos vendo, atordoados, o avanço da criminalidade, no nosso querido Brasil, o desrespeito pela vida é um fato cotidiano. Mata-se por quase nada. Como diz Maria Ignez Flores Pedroso, RS, “Sou nós? E o nós? Está em mim”.

Todos somos responsáveis, ainda que indiretamente. Somos, muitas vezes, pais ausentes, omissos, distantes de nossos filhos. Negamo-lhes amor, afeto, assistência, escola, carinho e proteção. Negamo-lhes nossa presença paterna, atenta e educadora. Muitas vezes, somos pais ligados ao tráfico, à droga, ao crime. Que sobra para nossos filhos com esta visão canhestra, mesquinha, criminosa de vida? Nada! Senão o mau exemplo.

Não quero, nem tenho conhecimento para lavar a mente de ninguém. Só você tem esse direito inalienável que Deus lhe deu inserido na vida. Faça então uma lavagem neste gênero deficiente de vida, de comportamento, de desvio de conduta. Renove seus conceitos errados ou errôneos de conduzir a vida. Se tirarmos a venda de nossos olhos, talvez, vejamos a vida de outra forma, maneira e dimensão correta.

É preciso, sim, mais amor, mais carinho, mais compreensão, mais presença, mais apoio, mais ensinamento, mais tempo, com nossos filhos. É preciso construir um mundo com mais calor humano, com mais limites. Assim, o mundo, amanhã, poderá ser outro, onde a fraternidade e a compreensão prevaleçam. Que mundo queremos para nossos filhos? Que filhos, antes, queremos para nosso mundo? A violência está na ordem do dia, em todos os setores e lugares, onde se encontram pessoas descompromissadas com a própria vida.

Daí, o crime, sem motivo, sem razão. Apenas para humilhar, abater, destruir, acabar, liquidar o próximo. Não há mais respeito com a vida do próximo. O pior é o exemplo, tecido de corrupção, dado por muitos legisladores, executivos e julgadores. O mau exemplo desta (de uma) minoria irresponsável contagia toda uma juventude, ansiosa pelo luxo, dinheiro, status, roupas de grife, vida social luxuosa, imediata. Daí, o vale tudo para alcançar a meta, que incorretamente justifica o fim. Daí, o crime contra a vida e o patrimônio, em busca de uma vida fácil e confortável.

O consumismo exagerado, incontrolado, individualista, sem freio, leva os jovens e adultos às atitudes violentas para satisfazer a sua avaliação de serem tidos ou nivelados na mesma dimensão daqueles favorecidos pela fortuna. O mundo poderá ser outro, se entendermos e praticarmos com consciência, respeito e dignidade, nossa paternidade responsável. A primeira e mais importante mestra da vida é a família. Depois a escola, os professores, os colegas, os amigos, os companheiros, a educação para a vida em sociedade. Sem a base familiar sadia é impossível uma sociedade onde a vida é preciosa, respeitada e comprometida com o bem comum.

EM SUMA, “Todas as pessoas nascem livres e iguais em dignidade e direitos. São dotados de razão e consciência e devem agir em relação umas às outras com espírito de fraternidade”. (Declaração Universal dos Direitos Humanos, artigo I). Aprender é antes de tudo sustentar posturas e construir agentes dignos, conscientes e promotores da história, com respeito ao próximo.

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