Tributo à Amizade

07 de Fevereiro de 2011
Jornal O Liberal

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Thiago. Frederico. Gabriel. Tatiana. Thiagão. Fred. Bon Jovi. Tati. Quatro jovens que deixam para trás um lastro de saudade incomensurável. Cada um deles merecedor de carinho, respeito, admiração.

O Fred eu conhecia desde muito novo. Era um garoto animado, cuja principal qualidade era a coragem. Não tinha medo de enfrentar novas situações, de buscar soluções para realizar seus sonhos, seus desejos. Nas últimas vezes que me visitou, me dizia “Paulo, um dia também vou ter meu próprio lugar, uma casinha pra morar em paz”. Falava o que achava, e sabia se divertir. E ser divertido.

Do Thiagão, um amigo me disse “prodígio da computação, a esperança da UFOP”. Sua característica sempre foi à humildade. Esforçado sim, mas acima de tudo, inteligente e responsável, um guerreiro. Era um exemplo para todos, e por isso mesmo, inspirava confiança, sempre. Com ele redescobri o prazer pelo basquete, e joguei umas (poucas) e divertidas peladas. Como disse outro amigo, é triste que não vamos vê-lo “vovôzão, barrigudo, pra gente tomar juntos umas cervas”. Muito triste mesmo.

O Bon Jovi eu conhecia tinha pouco tempo. Mas já era amigo. Discutíamos música, ele era fã do bom e velho rock progressivo. Música boa de verdade. Ficava irritado com o batidão sem sentido das baladas, queria virtuosidade e sentimento. E também era a inteligência sua marca. Só depois fui descobrir que, assim como Thiagão e Fred, era também o homem da casa, o filho mais velho. Sempre às sextas-feiras, estavam todos lá, para o nosso poker semanal. Uma desculpa “danada de boa” para uma reunião constante entre os amigos, para não perder os laços, para viver de fato, a amizade. Já eram todos homens, independente da idade, e buscavam seu lugar na vida, tinham projetos, e os colocavam em prática, mas não tinham perdido a pura exuberância da jovialidade, da camaradagem. Me sinto honrado de ter sido amigo deles.

A Tati eu conhecia também, ainda que não pudesse me considerar amigo. Mas, pelo pouco que dela vi, pelo pouco que conversei, sei que era uma garota, uma mulher, de opiniões definidas, que se diferenciava da maioria, que tinha identidade própria.

Falo aqui, então, em nome de todos os amigos. De todos àqueles que dividiram seu tempo e espaço com esses quatro, um tempo que se tornou precioso e significativo, especialmente agora, que não mais os temos entre nós. A vida deles foi um sucesso, pois foram amados e inspiraram esse amor, e acredito, não há nada mais importante.

Em um mundo muito distante, nos encontraremos novamente... até lá, amigos.

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