Utilidades sempre, mas incômodas às vezes

05 de Agosto de 2016
Jornal O Liberal

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Vive-se a era das manias coletivas; algumas bem passageiras, outras, entretanto, com tendência a ficar bom tempo. Estão aí em paralelo com respectivas funções úteis, mas que não justificam os incômodos trazidos pela obsessão coletiva em torno deste ou daquele objeto dos desejos de quase todos.

O celular, já chamado “a quarta das três partes em que se divide o corpo humano”, ocupa a maior parte das atenções de quem o possui, só escapando os momentos de real necessidade de contato; quando é preciso fazer uso do telefone, a maioria não o faz. Aguarda-se o comparecimento de alguém a compromisso, previamente agendado, mas o compromissário não comparece e nem dá satisfação, embora não se desgrude do celular. Ao volante, sob o risco de acidente; na calçada, a trombar com transeuntes, em qualquer local e momento, usa-se o celular, sem quê e nem pra quê.

Enquanto o celular interfere com seus folclóricos alarmes e ainda as mais folclóricas conversas, outra mania promete desafio à Física, ou seja, ocupar o mesmo espaço ocupado por outro objeto, no mesmo momento; repetição do que fazem condutores em colisão com outros veículos. Exemplo disso se deu, dia desses, em Ouro Preto, quando uma senhora quase se acidentou seriamente. Ela seguia pela calçada, quando forte empurrão a lançou para frente, só não caindo, por ter se apoiado em providencial poste. Assustada, talvez a pensar num assalto de rua, ela se recompôs ao ouvir pedido de desculpas de um jovem. De mochila, das grandes, às costas, ele conversava com outras pessoas, quando se virou bruscamente, no momento em que sua vítima passava.

Se a pancada tivesse sido frontal, talvez ela não tivesse saído ilesa. De repente, todo mundo resolve sair à moda paraquedista, mas se esquece daquele volume que, às costas, pode oferecer riscos a outras pessoas, se não houver o cuidado de olhar em volta antes de se virar. Na rua, mas com o devido cuidado, a mochila vai às costas, mas ao entrar no ônibus, mochileiro(a) educado(a) e precavido(a), leva mochila à mão e não às costas.

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