Velhos truques para garantir votos

05 de Novembro de 2015
João de Carvalho

João de Carvalho

É DE RUI BARBOSA esta preciosa e ousada frase, já clássica nos meios e ambientes político-administrativos, nestes exatos e precisos termos: “Há tantos burros mandando em homens (mulheres) inteligentes que, às vezes, penso que a burrice é ciência”. Numa época em que os meios de Comunicação são tão acessíveis e práticos, que alegar ignorância sobre a situação do país não pode ser admitida. As redes sociais colocam o país, o próprio mundo ao alcance das mãos de todos os usuários, que são milhões. No Brasil, por exemplo, há mais quantidade de aparelhos celulares em circulação que o próprio número de habitantes. É um instrumento de uso corriqueiro, desde a criança até aos mais idosos de nossa população. Seu manejo é de acessibilidade impressionante. É de utilidade imprescindível, sob pena de ser taxado de atrasado quem não lhe conhece a operação manual. Os poderes constituídos estão ao alcance de um simples toque no aparelho. Suas ações ou fata de ações são conhecidas, criticadas e avaliadas a cada instante. Suas atitudes desonestas, na condição de suas atividades parlamentares, executivas ou judiciais, são detectadas quase que simultaneamente e denunciadas pelas redes de comunicação social, com toda a veemência, força, rapidez e eficiente alcance popular.

O AUTOR do destemido livro intitulado “O Nobre Deputado”, Juiz Márlon Reis, titular da 58ª. Zona Eleitoral do Maranhão, um dos fundadores do movimento de combate à corrução eleitoral (MCCE), sede de abrangência nacional, é um personagem autêntico, destemido e corajoso nas suas posições de afrontar as atitudes deletérias de corruptos que nascem, crescem e se perpetuam na política Brasileira. Seu livro de Leitura fácil, escorreita e convincente aborda na primeira parte a questão: “De onde vem o dinheiro, com análise do político, o assalto ao orçamento, os convênios inconvenientes, as licitações viciadas, o financiamento de Campanha e o agiota, como mal necessário, porque investe invadindo o espaço público”. Na segunda parte, intitulada “como converter dinheiro em votos”, o sábio Juiz, já premiado com o prêmio do “Instituto Innovare”, em 2004, aborda com segurança, clareza e ousadia, os seguintes temas: “Todo mundo tem seu preço – o cabo eleitoral que decide a eleição – Quem pede, quem manda e quem ameaça – a compra do voto e o mito do voto secreto”.

EM SUMA, os velhos truques para garantir votos, na busca do poder político, são colocados às claras, com palavras precisas, acessíveis aos leitores atentos. As velhas raposas sabem como lutar e conseguir o poder, a fim de não perderem a mordomia e as benesses dos cargos públicos, com remunerações substantivas, polpudas, certas, sem atrasos. A corrupção goza de um estágio tão avançado e comum neste país, nas altas esferas governamentais, que chega a transformar o Brasil numa quase Ré – pública. Hoje, aplaudimos as atitudes d a advocacia da União, da ação da polícia federal, da atuação dos jovens promotores, e, sobretudo, da coragem do Juiz Federal Sérgio Moro, cujas decisões enobrecem a nobre classe dos bons, verdadeiros e corajosos Juízes brasileiros. Para este magistrado de escol, de caráter indomável e reconhecido, a nobre expressão de William, Blake: “Todo homem honesto é um profeta”. Afinal, dentro da Lei, tudo; fora da Lei, nada! (Acesse: leiturahobbyperfeito.blogspot.com.br).

Comments powered by Disqus

Newsletter

Acompanhe-nos

Encontre-nos no Facebook