Prefeitura de Ouro Preto lança Carta Geológica e Geotécnica

Ouro Preto,
24 de Outubro de 2011

Documento é um importante instrumento para trabalhar na proteção de vidas no município

Um estudo das áreas de maior risco de Ouro Preto se concretizou na Carta Geológica e Geotécnica, lançada na última semana. O trabalho foi elaborado pelo professor Romero César Gomes e o mestrando Michael Fontes, da Universidade Federal de Ouro Preto (Ufop). É uma iniciativa da Prefeitura de Ouro Preto em parceria com a Ufop e a Fundação Gorceix.

O documento, com o mapeamento das áreas de risco do município, representa um trabalho completo e detalhado que enriquece a ação da Prefeitura para o controle e o uso do solo urbano. “Nós podemos agora atuar com firmeza, determinação e objetividade na defesa das vidas ouro-pretanas. Ao planejarmos e disciplinarmos o espaço urbano, nós protegemos as pessoas”, afirmou o prefeito Angelo Oswaldo. A Carta Geológica e Geotécnica é um documento que pode ser usado pela comunidade e por vários setores da Prefeitura.

Angelo falou também da importância de a comunidade conhecer o documento, pois ele servirá como um sensor a fim de proteger a vida dos ouro-pretanos. Devido ao solo do município ser montanhoso e com possibilidades de deslizamentos, cuidados devem ser tomados ao construir casas, abrir ruas e ocupar espaços. “Ouro Preto está em um momento em que é necessária essa preocupação. Nós estamos iniciando um período de chuvas agora em outubro e essa ferramenta deve ser usada pelo poder público para ministrar ações preventivas de combate a acidentes geotécnicos”, explicou Michel Fontes, um dos engenheiros responsáveis pela carta.

O trabalho foi iniciado pelo professor Romero Cesar Gomes em 2001, com o nome “Projeto Imagem” e objetivo de diagnosticar a área da superfície de Ouro Preto, as condições de riscos tanto nos espaços baixos como nos morros mais altos. Nos últimos três anos, o mestrando Michel Fontes se envolveu no estudo e aprofundou as pesquisas, com levantamento de problemas reais baseados no passado da cidade. “É necessário lembrar que esse mapeamento de áreas de risco não condena nenhuma parte da cidade, tudo depende de uma ocupação inadequada por serem áreas com problemas específicos geotécnicos e geológicos”, explica Fontes.

Uma boa notícia é que, apesar de estudos desenvolvidos pelo Ministério das Cidades que incluíram Ouro Preto na lista dos municípios brasileiros com maior propensão a deslizamentos em encostas urbanas, aparelhos instalados nas áreas da antiga Santa Casa, na Igreja de São José, na rua Getúlio Vargas e na Vila São José não registraram movimentação dos terrenos, o que indica a estabilidade das encostas.

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